Professores municipais decidem manter paralisação em SP
Os professores da rede municipal de São Paulo decidiram nesta quarta-feira manter a paralisação, iniciada na segunda-feira, após assembleia do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal (SINPEEM). Os professores cobram a antecipação para este ano do reajuste salarial programado para 2013 e 2014, além da redução do número de alunos por turma e a realização de concurso público. A greve continua até terça-feira, dia 10, quando ocorrerá uma nova assembleia.
O sindicato cobra ainda itens do Protocolo de Negociação assinado em 2011, como a regulamentação da aposentadoria especial do magistério para os readaptados, regulamentação da Gratificação por Local de Trabalho, transformação do agente de apoio em agente escolar e sua integração ao QPE, criação do cargo de assistente de direção para os CEIs e redução da jornada de trabalho para o quadro de apoio sem redução de salários.
Em nota oficial divulgada na noite desta quarta-feira, a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão, que negocia com o sindicato, afirma que propôs: "concessão de aposentadoria especial para docentes e gestores readaptados, criação de 360 cargos de assistente de diretor de escola, remunerar o auxiliar técnico de educação para o cargo de secretário de escola pelo mesmo grau do cargo efetivo e antecipar os valores do prêmio de desempenho educacional (1ª parcela, de acordo com a jornada de trabalho), ou seja, R$ 600, R$ 900 e R$ 1,2 mil."
De acordo com a Polícia Militar de São Paulo, a manifestação reuniu professores, diretores de escola, coordenadores pedagógicos, supervisores escolares, auxiliares técnicos de educação e agentes escolares, totalizando cerca de 2 mil pessoas no centro da capital. A corporação afirmou também que o protesto foi pacífico.
A manifestação teve início por volta das 15h em frente à sede da prefeitura de São Paulo, na praça do Patriarca. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET), o trânsito ficou bastante complicado na região, já que os manifestantes ocuparam as faixas da rua Líbero Badaró e parte do Viaduto do Chá. A greve teve seu destino final no Viaduto Jacareí, em frente à Câmara Municipal, por volta das 18h20.
Terra
Colaboraram com esta notícia as internautas Soraya Lauand e Maria Beatriz da Silva, de São Paulo (SP), que participaram do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.