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Chile recua e mantém 'ditadura militar' nos livros didáticos

Chile recua na decisão de substituir ditatura militar por regime nos livros didáticos

6 jan 2012 - 20h14
(atualizado às 20h22)
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Depois de provocar polêmica ao anunciar a substituição da palavra ditadura por regime militar, o governo do presidente do Chile, Sebastián Piñera, recuou na decisão nesta sexta-feira. A ideia era fazer a substituição nos livros didáticos utilizados em todas as escolas chilenas ao mencionar a gestão do general Augusto Pinochet (1973-1990) - que marcou um dos períodos mais cruéis da história do Chile.

As informações são da Presidência da República do Chile. As autoridades informaram que a suspensão da medida será analisada na próxima reunião do Conselho de Educação em data a ser definida.

Em entrevista coletiva, o ministro de Educação, Harald Beyer, negou que a intenção do governo era gerar controvérsia e polêmica. O secretário-geral de Governo, Andrés Chadwick, acrescentou ainda que não houve o objetivo de politizar os livros didáticos.

A alteração envolvia os livros destinados às crianças de 6 a 12 anos. De acordo com Beyer e Chadwick, a ideia de substituir a palavra foi de buscar uma expressão "mais geral". A mudança estava inserida na Lei Geral de Educação.

"O governo nunca teve a intenção de ignorar a natureza antidemocrática do regime de violações de direitos humanos que ocorreu durante o regime militar", disse o ministro da Educação. Segundo ele, a proposta de substituição da palavra "ditadura" por "regime" foi sugerida por um grupo de especialistas. "Foi um processo participativo, aberto e transparente."

Agência Brasil Agência Brasil
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