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Dia dos Professores: universitário aposta no futuro da profissão

Dia dos Professores: universitário aposta no futuro da profissão

15 out 2011 - 10h02
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Estudante de Pedagogia na Universidade Federal do Pernambuco, Fábio Cabral não entende por que as salas de aula da faculdade andam tão vazias. "Um dos motivos que me fez escolher o curso foi a gama de oportunidades que o mercado oferece, não só em escolas e instituições de ensino, mas também em empresas", afirma.

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O estudante conhece de perto a realidade dos professores. Filho de uma docente, o aluno de 25 anos admite ter se guiado pelo exemplo materno para escolher a profissão. "Minha mãe é professora primária, e ela gosta até demais do que faz. A empolgação dela me atingiu", conta ele, que nunca viu a mãe reclamar de baixos salários e péssimas condições de trabalho. O que não significa que o universitário ignore as queixas da categoria. Porém, para ele, vale mais a vocação para educar. "Minha mãe não é rica, mas também não é miserável. E ela ama o que faz. Compensa", diz.

No 5º semestre da faculdade, Fábio sonha alto com o futuro profissional e diz não temê-lo. "Eu não tenho medo de ganhar pouco. Pelo contrário, eu vejo um mercado extremamente amplo para a pedagogia. As pessoas valorizam a profissão, pois é cada vez mais importante ser especialista em ensino. O país está se educando", acredita.

O otimismo de Fábio ainda não se reflete nos números quando o assunto é a remuneração dos educadores brasileiros. De acordo com o relatório de 2010 da Unesco e da Organização Internacional do Trabalho, o Brasil tem o terceiro pior salário do mundo para docentes em início de carreira, perdendo somente para Peru e Indonésia. A pesquisa analisou 38 países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Outro resultado cuja diferença é gritante é em relação à verba destinada à Educação por cada país. Conforme a pesquisa, a União Europeia investe, em média, 10% do seu PIB na área. Na América do Norte, os números sobem para 14%. Lá, mais de 80% da soma investida nos cursos primário e secundário é destinada à remuneração dos profissionais da escola e três quartos desses recursos vão para os professores. No Brasil, o percentual do PIB destinado à Educação gira em torno de 4%.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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