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Após polêmica, USP retira placa da 'revolução de 1964'

4 out 2011 - 15h44
(atualizado às 18h51)
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Após ter gerado polêmica, a placa que indica a construção de um monumento para homenagear os mortos e desaparecidos da ditadura militar na Universidade de São Paulo (USP) e que chamava o golpe de "revolução de 1964" foi retirada no início desta tarde. Segundo a assessoria de imprensa da instituição, o nome do monumento foi escrito errado por um dos órgãos internos da própria USP. Não há previsão para a substituição da placa.

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Ainda de acordo com a USP, a identificação correta que deveria estar no canteiro de obras da Cidade Universitária é "Monumento em Homenagem aos Mortos e Cassados durante o Regime Militar". O projeto é do Núcleo de Estudos da Violência da USP e tem parceria entre a instituição e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência. O custo da obra é de R$ 89 mil e conta com o patrocínio da Petrobras.

"Revolução"

O termo "revolução" é usado por militares que negam que tenha ocorrido uma ditadura no Brasil. Na época anterior ao movimento, o clima existente era de que poderia haver uma revolução, mas depois que a direita brasileira depôs João Goulart, a ação foi anunciada como "revolução de 1964". Para a esquerda, contudo, a revolução deveria ser a favor dos destituídos, dos pobres, e, então, passaram a chamar o levante militar que teve o apoio civil, de "golpe". O professor de história Voltaire Schilling afirma que o Movimento de 1964 foi contrarrevolucionário. Na tarde de segunda-feira, a palavra "revolução" foi alvo de protesto, sendo riscada e substituída por "golpe".

Fonte: Terra
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