PUBLICIDADE

CE: professores entram em confronto com a PM; 5 são detidos

29 set 2011 - 13h03
(atualizado em 30/9/2011 às 10h14)
Compartilhar
Omar Jacob
Direto de Fortaleza

Parte da decoração e da área do saguão de entrada da Assembleia Legislativa do Ceará ficou destruída no confronto entre professores e agentes do Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM) na manhã desta quinta-feira. Segundo a assessoria de imprensa da casa legislativa, a PM foi acionada quando os educadores ameaçaram invadir o plenário, onde os deputados discutiam um projeto de lei que, segundo o sindicato dos professores, poderia dividir a categoria em duas.

Os professores arremessaram caixas, quadros e outros objetos que estavam depositados nas galerias da Assembleia contra o pelotão do Batalhão de Choque. Um dos manifestantes ficou ferido no confronto e foi socorrido por homens do Corpo de Bombeiros lotados na casa legislativa. Cinco docentes também foram detidos durante a manifestação. Por volta das 12h40min, o saguão seguia tomado pelos docentes e o plenário era guardado pelos policiais.

A ocupação da Assembleia Legislativa começou na quarta-feira, quando os professores foram informados sobre um projeto de lei do governo que supostamente dividiria a categoria em duas. Desde então, dezenas de trabalhadores acamparam no local e três deles iniciaram uma greve de fome.

Piso nacional
Os educadores protestam pedindo a implantação da lei do piso nacional do magistério, estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e contra uma proposta do governo do Estado enviada na quarta-feira para a Assembleia Legislativa, propondo dois tipos de carreiras para os educadores.

Os professores também exigem que um terço da carga horária seja destinado a atividades extraclasse, como planejamento de aulas e melhores condições de trabalho. A categoria chegou a se reunir durante a semana com o governador Cid Gomes (PSB), mas não houve consenso sobre as propostas.

Greve
A categoria está em greve desde o dia 5 de agosto e já realizou dezenas de protestos pelas ruas da capital cearense. No dia 26 de agosto, o desembargador Emanuel Leite Albuquerque, do Tribunal de Justiça do Ceará, determinou, pela primeira vez, a suspensão de greve dos professores sob pena de multa de R$ 10 mil ao sindicato da categoria e de desconto dos dias não trabalhados aos professores.

O sindicato recorreu da decisão, mas, no último dia 19, o desembargador voltou a ordenar a suspensão do movimento. Apesar da ordem judicial, a categoria decidiu na última sexta feira permanecer em greve.

Fonte: Especial para Terra
Compartilhar
Publicidade