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MG: acorrentados, professores tomam Assembleia por piso nacional

26 set 2011 - 22h45
(atualizado às 22h47)
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Ney Rubens
Belo Horizonte

Cerca de 30 professores da rede estadual de educação de Minas Gerais tomaram o plenário principal da Assembleia Legislativa na noite desta segunda-feira e, acorrentados, afirmaram que pretendem ficar no local por tempo indeterminado até que o governo do Estado reabra as negociações, nas quais os servidores reivindicam o cumprimento do piso salarial nacional de R$ 1.187 para a categoria.

Os manifestantes disseram que podem impedir as sessões desta terça-feira caso a assembleia geral da categoria vote pela continuidade da greve, que já dura 111 dias. "A polícia legislativa quer nos retirar, mas vamos resistir", disse o professor José Jeomar.

Nesta segunda-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) indeferiu o pedido de liminar do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação em Minas Gerais (Sind-Ute) solicitando a suspensão da decisão do desembargador Roney Oliveira, do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-MG), que considerou ilegal a paralisação. O TJ-MG havia determinado o imediato retorno dos servidores às salas de aula sob pena de multas que variam de R$ 20 mil a R$ 50 mil por dia não trabalhado.

O Sind-Ute informou que vai recorrer da decisão do STF. Após a publicação da decisão, cerca de 100 professores fizeram uma manifestação no centro de Belo Horizonte. Eles saíram em passeata da Praça da Estação em direção à Praça Sete. Policiais militares do Batalhão de Eventos acompanharam o protesto. Não foram registrados tumultos ou confusão.

Para a terça-feira está prevista uma nova assembleia para definir os rumos da paralisação. De acordo com o Sind-Ute, a instrução é para que a greve continue até que seja cumprido pelo governo mineiro o piso salarial nacional de R$ 1.187, determinado pelo próprio STF.

Fonte: Especial para Terra
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