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Reforma escolar chinesa é lavagem cerebral, diz Igreja Católica

Reforma escolar chiensa é lavagem celebral, diz igreja de Hong Kong

26 set 2011 - 13h24
(atualizado às 20h24)
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A Igreja Católica de Hong Kong criticou a nova reforma escolar chinesa apresentada pelo Partido Comunista da China (PCCh) que introduz lições de "educação nacional", classificando-a como uma "lavagem cerebral". O cardeal Joseph Zen Ze-kiun, ex-chefe da Igreja Católica da ilha, pediu que professores, estudantes e familiares se oponham ao plano do governo, que pretende que todas as escolas primárias e secundárias acatem a reforma. As informações são da agência Ansa.

Segundo o religioso, esse tipo de ensino, que ainda não foi aprovado pelo governo, pode levar a um nacionalismo extremo no país. "A educação nacional significa apoio incondicional ao Partido Comunista? Significa exaltar as regras do partido na história?", disse Zen.

Questionado sobre o papel da Igreja Católica no mundo escolar e se as autoridades eclesiásticas deve ao menos encorajar os professores a se recusarem a adotar a agenda governamental em ato de desobediência civil, o cardeal afirmou que não exclui essa possibilidade.

Ele também criticou a proposta governamental de obrigar todas as escolas que são beneficiadas com ajuda estatal a instituírem comissões de gestão formadas por pais, professores e membros da comunidade local.

Zen argumentou que "a Igreja Católica tem a obrigação de oferecer controle e contrapeso ao governo" e de apoiar o poder do povo. Segundo ele, sem esta autonomia da Igreja, "o governo pode fazer o que quer, incluindo a lavagem cerebral dos jovens levando adiante um nacionalismo extremo e errado".

A Comissão diocesana para a Instrução Católica não comentou diretamente as palavras do cardeal, mas afirmou que todas as opiniões públicas devem ser levadas em consideração.

Crianças dormem em sala de aula de escola primária em Hefei, província de Anhui. A educação dos filhos dos trabalhadores migrantes, que somam 240 milhões na China, é uma das principais preocupações do Conselho de Estado chinês
Crianças dormem em sala de aula de escola primária em Hefei, província de Anhui. A educação dos filhos dos trabalhadores migrantes, que somam 240 milhões na China, é uma das principais preocupações do Conselho de Estado chinês
Foto: Reuters
Fonte: Terra
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