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Após paralisação, professores da UFCG retornam às aulas

25 ago 2011 - 08h55
(atualizado às 08h56)
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Os professores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)retornaram às aulas normalmente nesta quinta-feira, 25 de agosto, após dois dias de paralisação. Os servidores técnicos-administrativos da universidade estão em greve por tempo indeterminado.

Os docentes dos campi de Campina Grande aprovaram ontem, em assembleia no Centro de Extensão José Farias Nóbrega, a assinatura do acordo proposto pelo Governo Federal e um indicativo de greve sem data. Logo após, os docentes do Campus de Cuité rejeitaram a proposta e aprovaram um indicativo de greve também sem data, no entando, também irão retornar às aulas. Na terça, os professores nos Campi de Pombal, Patos e Cajazeiras também aprovaram o acordo e o indicativo sem data.

O presidente da ADUFCG, Amauri Fragoso, lembrou que a incorporação da Gratificação por exercício do magistério do ensino superior ¿ Gemas é um ganho conceitual importante, que irá beneficiar diretamente os aposentados, apesar de para a maior parcela da categoria não resultar em ganhos salariais.

No entanto, disse que aceitar o acordo do governo significa o compromisso de manter a mobilização para conseguir a melhor carreira possível durante o grupo de trabalho para a reestruturação da carreira docente possível. Ele defendeu a posição da diretoria que o acordo fosse aceito, mas com um indicativo de greve que permita cobrar caso não se cumpra o prometido.

De acordo com o sindicato, estes posicionamentos serão apresentados na reunião da seções sindicais do Sindicato Nacional da categoria em Brasília. Nela, será decidido a posição do ANDES-SN na mesa de negociação.

Proposta do governo

O Ministério do Planejamento propôs incorporar as gratificações por Exercício do Magistério Superior (Gemas) e do Ensino Superior, Técnico e Tecnológico (GEDBT) aos vencimentos básicos de cada carreira a partir do mês de março de 2012. Além disso, aplicaria ao montante, e também à Retribuição por Titulação (RT), um reajuste de 4%.

O projeto gera aumentos que variam de 8% a 15% dependendo da situação do professor na carreira. Um professor titular com doutorado em regime de 20 horas de trabalho semanal, por exemplo, passaria a receber R$ 3.622,08. Hoje, o salário é de R$ 3.482,77. Já a remuneração de um docente com doutorado e dedicação exclusiva aumentaria de R$ 11.755,05 para R$ 12.225,25. O maior percentual de aumento beneficiaria os professores mais antigos.

A proposta inclui ainda a criação de grupo de trabalho constituído pelo MPOG, Ministério da Educação (MEC) e entidades representativas dos professores para debater a reestruturação das carreiras do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico. A ideia é que saia do debate um projeto de equiparação de remuneração das duas carreiras com a de Ciência e Tecnologia, uma das grandes reivindicações da categoria.

A diferença salarial entre as carreiras chega, em alguns casos, a 30%. O debate incluiria ainda as pendências dos acordos assinados em 2007 e 2008. A data limite para conclusão dos trabalhos seria 31 de maio de 2012, o que possibilitaria que as mudanças passassem a vale a partir de janeiro de 2013.

Fonte: Terra
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