Governo investe R$ 3,1 bi em bolsas para alunos no exterior
26 jul2011 - 13h17
(atualizado às 13h33)
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Claudia Andrade
Direto de Brasília
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira, durante o lançamento do programa "Ciência sem Fronteiras", que o Brasil precisa aumentar o número de engenheiros no País e não apenas para trabalhar nas tesourarias de grandes bancos, mas também para a pesquisa científica. O orçamento do governo para o programa ultrapassa R$ 3,1 bilhões. As bolsas incluirão passagem aérea, auxílio instalação, auxílio mensal, seguro saúde e, em alguns casos, as taxas da universidade estrangeira.
"O foco do programa está na área de exatas. Isso não significa a diminuição da importância da formação humana em uma sociedade. Significa que o Brasil tem que se reequilibrar e formar pessoas da área de exatas para poder criar", disse a presidente.
O programa pretende conceder 75 mil bolsas de estudo, em vários níveis, para as áreas de engenharia, tecnologia, matemática, física, química e biologia. Com a participação de empresas, o governo espera poder conceder outras 25 mil bolsas.
"Por qualquer critério que se olha, nós formamos mais pessoas para humanidades que para ciências exatas, principalmente engenharias. Para o Brasil, formar jovens na área de ciências exatas, é fundamental. Precisamos dar uma ênfase especial a uma deficiência que o Brasil precisa reconhecer que tem. Se nós reconhecemos essa deficiência, damos um salto".
Ao falar da área de atuação dos engenheiros no Brasil, Dilma afirmou que, ao longo dos anos 90, os profissionais atuavam nas tesourarias dos bancos e das grandes empresas por falta de opção em outros setores. "Hoje, não só precisamos de engenheiros nas tesourarias, mas precisamos de engenheiros para fazer projetos, para fazer a infraestrutura do País e, sobretudo, na área de pesquisa, para que seja possível uma inovação de forma generalizada no Brasil".
A presidente destacou ainda que a concessão das bolsas não significa que o País irá formar "75 mil cientistas ou 75 mil Einsteins", mas sim, que será formada "a base de conhecimento" do Brasil.
Seleção
Ao falar sobre o critério de seleção dos estudantes, a presidente destacou o mérito. Entre os critérios do programa estão pontuação mínima maior que 600 no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e alunos premiados em olimpíadas científicas, como a Olimpíada de Matemática. "A partir desse primeiro critério de mérito podemos contemplar toda questão relativa a gênero, a questão étnica, podemos ter vários critérios, mas a questão de mérito é essencial".
Ao apresentar o programa, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, fez um chamado às empresas que participem do programa, principalmente no pagamento das taxas escolares, cujos valores vão de US$ 20 mil a US$ 40 mil por ano, por estudante. A participação também pode ser com auxílio no pagamento das bolsas, com valores entre R$ 30 mil e R$ 50 mil por ano, por estudante, possibilidade de fixação dos estudantes na empresa brasileira no retorno ao Brasil, ou ainda a disponibilização de centros de pesquisa no exterior para estágios de estudantes brasileiros.
Kathleen Rosa chorou quando soube que não poderia mais entrar para fazer a prova do Enem, na PUC-BH, durante a primeira aplicação do Enem, nos dias 6 e 7 de novembro
Foto: Alisson Gontijo / Futura Press
No dia 15 de dezembro, também houve choro. Devido a erros de impressão na prova amarela, candidatos do Enem prejudicados refizeram o Enem em dezembro
Foto: Joyce Carvalho / Especial para Terra
Vendedores se acumulam próximo a local de prova, em novembro
Foto: José Cruz / Agência Brasil
Após o medo de que novos erros acontecessem, a coordenação do exame no Piauí decidiu isolar um andar inteiro do prédio na Faculdade Piauiense, único local de aplicação das provas em Teresina. Segundo os organizadores, o objetivo era evitar fraudes
Foto: Yala Sena / Especial para Terra
Vendedores oferecem produtos para candidatos no dia 7 de novembro
Foto: José Cruz / Agência Brasil
Muitos estudantes ficaram de fora da prova por se atrasarem, tanto nas primeiras provas (foto) como na reaplicação aos prejudicados
Foto: José Cruz / Agência Brasil
Candidatos chegam ao segundo dia de prova em escola de Brasília
Foto: José Cruz / Agência Brasil
Candidata corre para não perder o Enem, durante a primeira aplicação da prova
Foto: José Cruz / Agência Brasil
Os erros de impressão não foram os únicos relatados. Vazamento da redação e até propaganda de cursinho por parte dos organizadores - como na imagem, em Pedreira (AP) - estão entre as denúncias
Foto: Julio Americo Selingardi / vc repórter
A sujeira também foi um problema na capital federal nas provas de novembro
Foto: José Cruz / Agência Brasil
Candidatos recebem propagandas durante a primeira aplicação do Enem
Foto: José Cruz / Agência Brasil
Em Brasília, muitos estudantes correram para chegar a tempo
Foto: José Cruz / Agência Brasil
Movimentação dos candidatos na PUC Coração Eucarístico em Belo Horizonte, Minas Gerais, durante a primeira aplicação do Enem, em novembro
Foto: Alisson Gontijo / Futura Press
Movimentação dos candidatos do Enem na PUC Coração Eucarístico em Belo Horizonte, Minas Gerais
Foto: Alisson Gontijo / Futura Press
Movimentação dos estudantes no campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), em novembro
Foto: Guto Maia / Futura Press
Menina faz prova do Enem no Colégio Uldorico Tavares, em Salvador, Bahia, em novembro
Foto: Margarida Neide / Futura Press
Prova sendo realizada no Colégio Uldorico Tavares, no bairo da Vitória em Salvador na Bahia.
Foto: Margarida Neide / Futura Press
O ministro da Educação, Fernando Haddad, deu explicações ao Senado e à Câmara dos Deputados sobre os erros do Enem. Haddad defendeu o exame e disse que os prejudicados representam menos de 0,1% do total de candidatos. "Se não entendermos que o Enem é para democratizar o ensino, então vamos perder a essência do projeto"
Foto: Fabrio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
Estudantes do Rio de Janeiro também protestaram contra as falhas do Enem. Muitos protestos ocorreram pelo País após as falhas no exame
Foto: José Carlos Pereira de Carvalho / vc repórter
No Rio, a manifestação também aconteceu na região central
Foto: José Carlos Pereira de Carvalho / vc repórter
Estudantes exibiram cartazes com mensagens de protesto
Foto: José Carlos Pereira de Carvalho / vc repórter
Os estudantes gaúchos exibiram faixas com frases contra os erros no exame
Foto: Juliana Rolim / vc repórter
A manifestação percorreu diversas vias da região central de Porto Alegre
Foto: Juliana Rolim / vc repórter
A UFPR usará a nota do Enem como 10% da nota total do vestibulando para preencher 5016 vagas
Foto: Roger Pereira / Especial para Terra
Alguns manifestantes vestiam amarelo por conta da cor da prova que apresentou erros de impressão no exame
Foto: Matheus Tesser / vc repórter
Cerca de 200 estudantes participaram da manifestação em SP
Foto: Rahel Patrasso / Futura Press
Em Curitiba cerca de 400 protestaram contra os erros do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
Foto: Joyce Carvalho / Especial para Terra
A manifestação foi organizada pelos estudantes através da internet
Foto: Joyce Carvalho / Especial para Terra
Cartaz exibido pelos estudantes durante o protesto em Uberaba
Foto: Flavia Cipriano / vc repórter
Caixão simboliza o fiasco do Enem deste ano
Foto: Flavia Cipriano / vc repórter
Os estudantes também foram às ruas em Uberaba, interior de Minas Gerais
Foto: Flavia Cipriano / vc repórter
A manifestação de Uberaba contou com encenação teatral
Foto: Flavia Cipriano / vc repórter
No Piauí, o candidato José Antônio Teixeira Neto, 21 anos, foi impedido de fazer as provas
Foto: Yala Sena / Especial para Terra
A reaplicação da prova do Enem atraiu poucos alunos em uma das escolas de Florianópolis, no dia 15 de dezembro
Foto: Fabricio Escandiuzzi / Especial para Terra
A jardineira Neusa Marli Laucksen, 51 anos, chegou atrasada a uma escola de Florianópolis e perdeu a prova do Enem por apenas 3 minutos
Foto: Fabricio Escandiuzzi / Especial para Terra
No Piauí, cerca de 350 alunos em Teresina e União, que foram prejudicados por erros na prova amarela, fazem as provas do Enem