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Custo de vida baixo atrai brasileiros a estudar na Argentina

24 jul 2011 - 14h15
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Foi-se o tempo em que o destino preferido dos intercambistas em busca de curso de espanhol era a Espanha. Com a atual crise europeia e o custo de vida na Argentina cada vez mais baixo, agora é o país latino que alcança o primeiro lugar na lista de destinos de língua espanhola.

É o que afirma Glauber Vale, diretor do Portal do Intercâmbio, empresa especializada em organizar viagens estudantis. Segundo ele, a Espanha sempre foi a preferida dos estudantes, contudo, a atual crise econômica tem afastado os intercambistas do continente europeu. "Além disso, é muito mais barato estudar na América Latina. A diferença de um programa com a mesma duração e carga horária de curso é de no mínimo 30%", completa.

Vale ainda explica que a Argentina é um dos países do Mercosul mais baratos de se viver devido aos baixos preços para moradia e alimentação, e que por isso se torna o destino mais procurado. "Atualmente, o custo de vida lá é de 30% a 40% mais baixo do que o que temos no Brasil, considerando comida, acomodação e transporte", afirma.

Na CI, um programa de curso de espanhol de quatro semanas em Buenos Aires sai em torno de US$ 1.000, incluindo acomodação em casa de família, duas refeições ao dia e taxa de matrícula. Na World Study, além da opção de estudar na capital, existe a possibilidade de passar uns meses em San Carlos de Bariloche, cidade pequena localizada junto à Cordilheira dos Andes, na fronteira com o Chile. Lá, além de frequentar aulas do idioma, o estudante também pode praticar esportes radicais, como esqui e snowboard.

O diretor do Portal do Intercâmbio destaca que, na Argentina, o intercambista ainda pode casar o estudo do espanhol com aulas de dança. "O país é muito famoso pelo tango", diz, observando que, por isso, existem muitas academias de danças conceituadas.

Natural de São Paulo, Camila Albareda, 31 anos, viveu a experiência portenha no final do ano passado. A dentista passou duas semanas estudando espanhol em Buenos Aires com o marido, André Rodrigues, 29 anos. "Escolhi o país pela proximidade com o Brasil e também pelo custo. Além das passagens e hospedagens serem bem baratas, a alimentação e transporte também são", conta. Camila gostou tanto do intercâmbio que pretende voltar para ficar mais tempo. "Vi de perto que é mito essa história de que Buenos Aires é infestada de brasileiros e que por isso seria impossível aprender o idioma oficial. Aprendi muito, e a escola foi ótima", diz.

Segundo a Embaixada da Argentina, o passaporte não é necessário para quem vai fazer turismo de até 90 dias. Brasileiros podem embarcar com o passaporte ou somente com a carteira de identidade original. Porém, quem vai ficar mais de três meses em terras argentinas ou vai se matricular em alguma instituição de ensino básico ou superior precisa de autorização governamental. Para conseguir o visto, entre em contato com a embaixada do seu estado. E fique tranquilo: o fato da Argentina integrar o Mercosul torna o processo menos burocrático.

Camila Albareda, 31 anos, viveu a experiência portenha no final do ano passado
Camila Albareda, 31 anos, viveu a experiência portenha no final do ano passado
Foto: Arquivo pessoal / Divulgação
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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