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GO: presidente da UNE diz que entidade não é "chapa branca"

14 jul 2011 - 17h58
(atualizado às 18h00)
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Mirelle Irene
Direto de Goiânia

O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Augusto Chagas, defendeu a independência da entidade durante coletiva à imprensa no primeiro dia de trabalhos do 52º Congresso Nacional da UNE, nesta quinta-feira em Goiânia (GO). Segundo Chagas, a entidade não é "chapa branca", como chegou a ser acusada na imprensa, por aceitar patrocínio de cinco ministérios (Transporte, Saúde, Turismo, Esporte e Educação) e da Petrobrás.

"Essa é uma afirmação muito equivocada. A UNE sempre contou com apoio público para realizar suas atividades", disse. Ele citou congresso em 1989, realizado na Bahia, que foi patrocinado por Antônio Carlos Magalhães (ACM). "Isso nunca alterou a opinião da UNE sobre o ACM", acrescentou. Ele afirmou que a UNE não deixa apoios pautarem suas opiniões políticas e lembrou que a entidade sempre soube o lado em que deveria estar.

"A UNE soube, nos últimos anos, mesclar diálogo e pressão", disse. Ele citou o movimento "Fora Meirelles", que protestava contra a condução da política econômica do ex-presidente do Banco Central. "A cada semestre a UNE fez uma grande jornada de lutas, passeatas em todas as capitais do Brasil", acrescentou.

Segundo ele, o congresso tem um custo estimado de R$ 3 milhões. Uma pequena parte dos recursos vem das inscrições (pouco menos de R$ 100) de cada um dos estudantes de todo o Brasil que eram esperados para o encontro. "Todo o restante são de apoios", disse. O presidente da UNE não soube dizer, no entanto, qual era a parte exata com que o governo federal contribuiu, explicando que a contabilidade final deve ser feita após o congresso terminar.

No primeiro dia de trabalhos, participaram de discussão sobre o Prouni o ex-presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva (PT), e o ministro da Educação, Fernando Haddad. ¿O ex-presidente é uma figura com que a gente tem uma ligação histórica¿, disse o presidente da UNE sobre a motivação de convidar Lula. Chagas afirmou que o Congresso deste ano é o mais representativo de todos, e tem presença de delegados votados por 1,5 mi estudantes de todo o Brasil, de 97% das instituições educacionais brasileiras.

Entre as pautas debatidas e defendidas pela UNE no evento está a destinação de 10% do PIB do Brasil para a Educação, além de 50% do Fundo do Pré-sal para o mesmo fim. Sobre o Prouni, Augusto Chagas disse que os estudantes querem aperfeiçoamento do programa, com inclusão de uma maior assistência estudantil. "Não adianta apenas garantir acesso a vagas. È preciso políticas que garantam a permanência do estudante na Universidade", pontuou, citando estatística de mais da metade dos jovens de mais de 18 anos já abandonou a escola.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da UNE, Augusto Chagas, e o ministro da Educação, Fernando Haddad, durante o 52º Congresso da União Nacional dos Estudantes
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da UNE, Augusto Chagas, e o ministro da Educação, Fernando Haddad, durante o 52º Congresso da União Nacional dos Estudantes
Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil
Fonte: Especial para Terra
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