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Professores apostam em blogs para despertar interesse de alunos

Professores apostam em blogs para despertar interesse de alunos

5 mai 2011 - 08h24
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Quando o professor de história Marcos Simões foi ensinar sobre a 1ª Guerra Mundial aos seus alunos da Escola Estadual Professor José Nantala Bádue, em São Paulo, pensou em diversificar a aula ao pedir que todos colorissem um mapa geopolítico. A proposta foi barrada pela falta de livros suficientes na biblioteca para que todos pudessem realizar o trabalho em casa. A solução foi disponibilizar o documento na web, deixando os volumes da escola disponíveis apenas para os que não têm acesso à internet.

Dessa iniciativa surgiu o Fazendo História Nova, um blog que Simões atualiza quase que diariamente. A ideia começou ano passado, com material extra para os alunos, e deu resultado. "Percebi que mais da metade da turma entrava no site. Quando dou um novo conteúdo, eles já perguntam se o material vai estar também no blog", afirma.

Conciliar educação com hábitos rotineiros dos estudantes, como usar a internet, também foi visto de maneira positiva por Rodolfo Avelino, professor de informática do Colégio Paulista (Copi), em São Paulo. Há quatro anos, o educador tem um site com o seu nome. "A minha maior motivação para construir essa plataforma era entender como poderia indicar algo além de textos acadêmicos, como o que está acontecendo no mundo da tecnologia hoje", afirma.

Tanto Simões quanto Avelino disponibilizam conteúdos extra na internet, que não foram ensinados em sala de aula. A prática instiga a curiosidade do estudante. "As aulas eram mais monótonas e têm ficado interessantes", afirma o professor de história. Uma das razões para isso é que a versatilidade da web traz para o ensino o que muitas vezes as escolas públicas não podem oferecer.

"Na escola não temos como usar recursos visuais. Então, busco vídeos relacionados ao conteúdo para incrementar", diz Simões. Palavras-cruzadas também são oferecidas na página e muitas vezes são pedidas em aula. Sobre o acesso à internet, o educador afirma que a maioria dos alunos, mesmo carente, tem em casa, e os que não têm conseguem o material com os colegas sem problemas.

Tantas atividades dão trabalho para quem tem a obrigação de atualizar a sua página com frequência, para não perder o fiel acesso dos seus alunos. "Fico em média duas horas por dia no computador, procurando vídeos e links para postar pelo menos de dois em dois dias", diz Simões. Já Avelino esforça-se para apresentar questões próximas da turma, que façam parte do cotidiano e provoquem interesse.

Outro ponto positivo da integração entre estudantes e educadores com a internet é que alguns materiais podem ser disponibilizados com antecedência, além de evitar a obrigação de se fazer fotocópia de todo o conteúdo necessário para as aulas. "No site já deixo habilitado os textos da semana seguinte para discutirmos", diz o professor de informática.

Professor de informática no Colégio Paulista (Copi), Rodolfo Avelino tem um site há quatro anos para auxiliar nas aulas
Professor de informática no Colégio Paulista (Copi), Rodolfo Avelino tem um site há quatro anos para auxiliar nas aulas
Foto: Arthur Fujii / Divulgação
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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