Estudo: professores se dizem inseguros para usar tecnologias
Pesquisa: professores se dizem inseguros para usar tecnologias
30 abr2011 - 10h59
(atualizado em 3/5/2011 às 15h44)
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Apesar de boa parte das escolas possuírem laboratório de informática, nem todos os professores se sentem aptos a utilizá-lo. É o que comprova a pesquisa da pedagoga Cacilda Alvarenga e da psicóloga Roberta Azzi, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O estudo aponta que 85% dos educadores de ensino médio de escolas públicas estaduais de Campinas (SP) não se sentem confiantes para utilizar tecnologias no ensino.
Desenvolvida em 27 escolas do município entre 2009 e 2010, com 253 educadores de 20 a 69 anos, a tese de doutorado de Cacilda trabalha com a ideia de autoeficácia, formulada pelo professor da Universidade de Stanford, Albert Bandura, sobre a Teoria Social Cognitiva. "O conceito trata da crença do professor na sua capacidade para planejar e executar ações para atingir determinados resultados. Acreditar na sua autoeficácia influi na motivação dos educadores para realizar certas tarefas, como utilizar Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)", explica a tese.
Entre os resultados da pesquisa, Cacilda conclui que professores com menos tempo de formação e de experiência em sala de aula têm uma crença maior de sua autoeficácia no uso de novas tecnologias. A pedagoga também notou que os homens são mais confiantes que as mulheres, e que os professores de disciplinas exatas, como matemática e física, acreditam mais na sua autoeficácia que os de humanas e biológicas. "Isso porque, provavelmente, durante a sua formação, costumam usar mais a computação, como softwares", opina.
Outra questão levantada no estudo é que profissionais com menos idade são mais autoconfiantes quando se trata de TIC, porém não foi um dado tão relevante quanto Cacilda imaginava encontrar. "Às vezes, um professor mais velho tem mais familiaridade com a tecnologia. A partir da minha tese, não dá para generalizar", pondera.
Como justificativa para a insegurança dos entrevistados, fatores como tempo limitado e falta de qualificação aparecem fortemente. "Muitos trabalham nos três turnos, em duas escolas diferentes. Então explicam que não têm tempo para se apropriar dessas tecnologias", afirma Cacilda. Outros também se sentem pouco motivados devido à falta de apoio técnico e pedagógico. "Se ocorre um problema técnico no computador durante a aula, ele não sabe como proceder", diz.
Ainda assim, 76% acredita que as tecnologias favorecem o processo de ensino e aprendizagem. A pesquisadora esclarece que, só porque um educador tem uma autoeficácia baixa hoje, isso não significa que ela não pode ser modificada dali um mês. "Se o professor tiver mais acesso a esses recursos, com cursos de atualização, a crença na autoeficácia pode ser modificada", explica. A partir da visualização de atividades pedagógicas com esses recursos, o professor pode se inspirar para usar ideias parecidas em sala de aula.
A tese também apresentou que professores com computador em casa há mais de três anos demonstraram ser mais autoconfiantes que os outros em relação à TIC, provavelmente porque a experiência direta do uso do computador favorece a exploração dos seus recursos.
A escola informou que privilegia o contato com a natureza como forma de educar
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
A designer de interiores Daniela de Assis Ferreira, mãe da aluna Izabela, 10 anos, aprova a formação dada pela escola de Minas Gerais
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
A diretora do instituto da Criança de Belo Horizonte, Margarida Lélis Figueiredo, aposta no contato com a natureza como diferencial na formação dos alunos
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
A escola conta com um zoológico com mais de 100 animais, como araras, pavões, tartarugas e coelhos
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
Segundo a escola, as crianças aprendem que o mesmo cuidado que se deve ter com os animais e com as plantas, deve ser mantido em relação aos colegas
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
Além do zoológico, a escola conta com um espaço onde são cultivadas árvores frutíferas
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
As crianças aprendem a plantar as ávores e a forma de cultivo
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
A escola atende cerca de 600 alunos na região centro-sul de Belo Horizonte
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
De acordo com a escola, o contato com a natureza faz com que as crianças aprendam na prática as lições ensinadas em aula
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
Espaço na escola reúne diversas espécies de animais
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
Crianças brincam em parquinho montado nas proximidades do minizoológico
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
Parquinho para crianças em escola de Belo Horizonte foi construído em meio a árvores
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
A escola Apoena, em Londrina (PR), também aposta no contato com a natureza para atrair os alunos
Foto: João Fortes / Especial para Terra
A instituição atende 140 crianças no berçário, educação infantil e ensino fundamental
Foto: João Fortes / Especial para Terra
A escola tem uma estrutura preparada para receber animais, doados ou emprestados por pessoas que admiram o interesse das crianças pelos bichos
Foto: João Fortes / Especial para Terra
O cuidado com as plantas também faz parte do aprendizado dos alunos, que cultivam uma horta montada na escola
Foto: João Fortes / Especial para Terra
A mascote dos alunos é a cachorra Lila, uma Cocker de 14 anos, moradora da escola
Foto: Divulgação
O animal circula livremente pelo quintal e recebe cuidados das crianças
Foto: Divulgação
Desde pequenos, alunos aprendem a cuidar das plantas na horta da escola
Foto: Divulgação
Crianças montaram até um "insetário" onde são apresentadas as espécies
Foto: Divulgação
Mãe de duas alunas, Letícia Figueiredo afirma que a escola proporciona aprendizados e brincadeiras que têm se perdido ultimamente
Foto: Divulgação
As aulas de robótica fazem parte da grade curricular do Colégio Apoio, em Recife (PE), a partir do sexto ano
Foto: Celso Calheiros / Especial para Terra
Alunos apresentam trabalho criados nas aulas de robótica em escola de Recife
Foto: Celso Calheiros / Especial para Terra
Estudantes se preparam para dois concursos internacionais de robótica que vão participar este ano, nos Estados Unidos e na Turquia
Foto: Celso Calheiros / Especial para Terra
Ter espírito empreendedor, encarar os desafios, gostar de pesquisas e ser dedicado são requisitos para participar das competições
Foto: Celso Calheiros / Especial para Terra
Segundo a escola, as aulas de robótica auxiliam na formação dos alunos
Foto: Celso Calheiros / Especial para Terra
Estudantes criam robôs para participar das competições internacionais
Foto: Celso Calheiros / Especial para Terra
Aluno mostra com orgulho os materiais criados nas aulas de robótica
Foto: Celso Calheiros / Especial para Terra
Escola aponta que as aulas de robótica são importantes na preparação dos jovens para o futuro
Foto: Celso Calheiros / Especial para Terra
Segundo a professora Érica Stier, os alunos voltam para a sala de aula com empolgação para aprender os conteúdos
Foto: Divulgação
A Escola Educativa, em Londrina (PR), inseriu a disciplina de empreendedorismo na grade curricular há cerca de 10 anos
Foto: João Fortes / Especial para Terra
Na formação dos empreendedores mirins, a escola realiza uma atividade de simulação da criação de empresas
Foto: Divulgação
Em uma feira, no próprio colégio, os alunos montam seus espaços e vendem produtos para pais e professores
Foto: Divulgação
Alunas escolheram vender lenços e montaram seu espaço na feira organizada pela escola
Foto: Divulgação
Segundo a escola, alunos ficam mais participativos em aula com as atividades de empreendedorismo
Foto: Divulgação
A escola também realiza atividades externas, como esportes radicais
Foto: Divulgação
Alunos realizam atividades para aprender a superar desafios
Foto: Divulgação
As crianças e adolescentes da escola aprendem não apenas como gerir um negócio, mas também valores como ter autonomia e vencer os medos