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Nível de acesso à universidade na América Latina é de 32%

10 fev 2011 - 21h28
(atualizado às 21h58)
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O nível de acesso à educação universitária na América Latina é de 32%, bem abaixo dos 87% da Europa, 67% da Ásia e 62% dos Estados Unidos, disseram nesta quinta-feira analistas em Miami. Chile, Brasil e Colômbia são os países da América Latina com os maiores percentuais de estudantes que podem cursar estudos superiores.

O assunto foi analisado no fórum "reforma e política educativa na América Latina: inovação, inclusão e alianças público-privadas", organizado pelo Conselho das Américas e o Miami Dade College, com o objetivo de aumentar o acesso e melhorar a qualidade da educação.

Chile ocupa o primeiro lugar com 45% dos estudantes indo à universidade; o Brasil ocupa a segunda posição com 36%, seguido pela Colômbia com 34%, conforme Ricardo Cuenca, pesquisador do Instituto de Estudos Peruanos (IEP).

Vários países da região como a Colômbia, Peru e Panamá avançam em profundas reformas educacionais que ajudará a melhorar o nível dos estudantes e reduzir a lacuna social que só permite a um percentual bem baixo ingressar aos centros de educação superior, de acordo com os analistas.

O sucesso das mudanças, afirmaram, está na consolidação dos convênios entre seus governos e a empresa privada. O modelo panamenho, por exemplo, passa pela necessidade de capacitar 40 mil docentes em conhecimentos de alta tecnologia e informática, disse a ministra da Educação do Panamá, Lucy Molinar.

"Selecionamos 263 professores, considerados os melhores, para que sejam os primeiros a receber a capacitação da Microsoft. Depois eles serão responsáveis por repassar o conhecimento que aprenderam aos demais", indicou.

Molinar acrescentou que no Panamá a maioria dos professores não tem nenhuma capacitação em tecnologia e que muitos, inclusive, nunca estiverem em frente a um computador.

"Por isto o convênio assinado com a Microsoft é tão importante para nós, já que este é o primeiro passo para garantir uma melhor educação para as futuras gerações. Além disso, será interessante porque permitirá aos professores dar aulas de outra maneira, mais chamativas", comentou a funcionária.

A inovação em sala de aula e os trabalhos de motivação aos estudantes são os principais desafios do Panamá, segundo Molinar. "Devemos adaptar-nos aos novos tempos porque é a única forma de conseguirmos que os estudantes participem dos diferentes programas educacionais", ressaltou.

Joice Fernandes, diretora mundial da Microsoft Corporation para alianças públicas e privadas afirmou que o que sendo feito no Panamá é um projeto ambicioso e que sua empresa realiza diferentes ações sociais no mundo.

Outra experiência foi exposta por Felipe Vergara, co-fundador e diretor-geral da Lumni Inc., uma empresa colombiana que procura jovens com talento e poucos recursos para dar oportunidades. Vergara garantiu que "o continente deve ter outro tipo de sociedade: mais igualitária e com maior capacidade para competir" e que a chave está em tentar eliminar o "grande abismo social existente pela falta de oportunidades para estudar".

Lumni patrocina há nove anos os melhores estudantes que por razões econômicas não podem custear os estudos. Atualmente a empresa financia mais de 1,6 mil na Colômbia. Oferece apoio financeiro no Chile e no México, países onde tem um número superior a 400 e nos Estados Unidos, com outros 15.

A empresa trabalha com várias ONG e companhias privadas que "depois de ver nosso trabalho se interessam em apoiar este trabalho".

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Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
EFE   
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