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Faça intercâmbio sem sair de casa

6 fev 2011 - 11h16
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CARTOLA - AGÊNCIA DE CONTEÚDO
Especial para Terra

Que tal ter a experiência de intercambista sem passar pelas dificuldades de ter que se virar em um país estranho e morrer de saudades do feijão da mamãe? Pode parecer improvável, mas é possível fazer intercâmbio no conforto da sua casa e vivenciar o mesmo choque cultural que um viajante em terras distantes. Nos programas de host, você recebe um estrangeiro em sua cidade, convive durante meses com outra cultura e de quebra ainda consegue aprimorar, ou aprender, um novo idioma.

Segundo Luciane Costa, diretora de relações externas da Aiesec, abrigar um intercambista pode inserir a família em outra cultura de forma muito mais intensa que uma viagem ao exterior: "Quem recebe, vive uma experiência de intercâmbio, pois aprende aspectos culturais que vão muito além dos hábitos de alimentação e lazer. O aprendizado ultrapassa o que chamamos de iceberg cultural, e é possível conhecer detalhes sobre o modo de viver, hábitos de trabalho e até a culinária do local", afirma.

A porto-alegrense Graziela Oliveira, 23 anos, já teve a oportunidade de emprestar uma cama de sua casa para um colombiano e uma nicaraguense. Para ela, a vivência de 6 meses resultou em garantia de férias nas ilhas caribenhas. "Foram seis meses de companheirismo, aprendizagem e sangue latino. Além de praticar a língua espanhola, tive contato com as comidas típicas de cada país, as vestimentas, bebidas, costumes e, com certeza garanti umas férias nas ilhas caribenhas. O que mais me marcou foi sentir o que é diversidade cultural de verdade", conta a estudante de química da UFRGS.

O programa pode ser feito em parceria com qualquer agência de turismo e intercâmbio, basta se associar e preencher uma ficha com seu tipo de interesse. Você inclusive pode definir se recebe somente um intercambista por vez ou mais, qual o máximo de tempo que o viajante pode ficar na sua casa e se tem que pagar ou não pela estadia. Matheus Collovini, Diretor da gestão de informação da Aiesec, explica a diferença entre o host voluntário e o pago: "A condição de estadia é uma combinação entre os hosts e o intercambista. Muitas pessoas se dispõem a receber estrangeiros de forma voluntária e arcam com todas as despesas. Já outras só aceitam intercambistas que pagam uma taxa para ajudar com as contas da família, como comida por exemplo", explica.

Paulo Tiago Sulino, 27 anos, morador de São Paulo, já recebeu mais de 60 intercambistas em sua casa. O paulista utiliza a rede social CauchSurfing, que liga pessoas de todo o mundo interessadas em achar uma casa para ficar no país de destino. Quase um perito em ser host, Paulo recomenda a experiência para todas as pessoas e destaca o interesse dos viajantes no Brasil como a parte mais prazerosa: "Quando temos um guest em nossas casas, geralmente eles estão muito mais ávidos em aprender sobre nossa cultura do que nós sobre as deles, é meio inevitável. E é muito legal ver uma pessoa interessada em seu país. Mas é uma grande troca e nós sempre aprendemos muitas coisas legais, desde expressões na língua da pessoa até costumes, comidas e mesmo crenças nacionais e modos de pensar, muitas vezes contrastantes com as nossas próprias", conta.

Fonte: Especial para Terra
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