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Alckmin: reprovação de professoras obesas não foi por estética

2 fev 2011 - 12h48
(atualizado às 15h33)
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Hermano Freitas
Direto de São Paulo

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou na manhã desta quarta-feira, na capital paulista, que a reprovação de cinco professoras da rede pública de ensino não foi uma questão de estética, mas obedeceu a "critérios técnicos". De acordo com o governador, caso o resultado do exame de saúde tenha sido considerado "injusto", cabe recurso. "O estatuto do funcionário público exige o exame de aptidão física, mas se houver erro ou injustiça, ele será corrigido", disse Alckmin.

Governador Geraldo Alckmin participa da entrega simbólica de 4,5 milhões de kits escolares
Governador Geraldo Alckmin participa da entrega simbólica de 4,5 milhões de kits escolares
Foto: Plinio Zunica / Futura Press

A declaração foi uma resposta a questionamento gerado por reportagem da edição desta quarta-feira do jornal Folha de S.Paulo, segundo a qual cinco servidoras de três cidades diferentes declararam ter sido reprovadas por terem peso acima de 90 kg e serem consideradas obesas "mórbidas" e portanto "inaptas" ao trabalho. Elas afirmam ainda que a reprovação foi comunicada pelos respectivos diretores da escola e que não tiveram acesso ao laudo. A Secretaria de Gestão Pública, responsável pelo Departamento de Perícias Médicas de São Paulo, disse que a exigência é que o candidato tanha "boa saúde" e alegou sigilo médico para não informar se o sobrepeso reprovou as candidatas.

Em nota, a presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, Maria Izabel Azevedo Noronha, manifestou indignação com a decisão, que "denota preconceito e desrespeita direitos fundamentais da pessoa humana, bem como os direitos adquiridos por aqueles que participaram do concurso e nele foram aprovados". No comunicado, Maria Izabel afirma que boa parte desses professores já dão aula na rede estadual como docentes não efetivos.

Alckmin fez a entrega simbólica na manhã desta quarta-feira de 4,5 milhões de kits de material escolar para a rede pública do Estado, num investimento de R$ 117 milhões. Cada kit é composto de caderno, lápis, lápis de cor, apontador, borracha, régua e mochila, ao custo de R$ 16,82 cada, de acordo com a Secretaria de Educação. Ainda de acordo com a pasta, o gasto individual com cada kit seria de R$ 115 caso os pais tivessem de arcar com este custo.

Fonte: Terra
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