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Unicamp: abstenção no 2º dia pode mostrar desestímulo dos alunos

17 jan 2011 - 20h58
(atualizado às 21h09)
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Rose Mary de Souza
Direto de Campinas

O índice de abstenção de 1,35% no segundo dia da segunda fase do vestibular 2011 da Universidade de Campinas (Unicamp) teve quase o dobro dos ausentes nas provas do ano passado - quando o indicador foi de 0,71%.

Candidatos participam do segundo dia de provas da 2ª fase da Unicamp
Candidatos participam do segundo dia de provas da 2ª fase da Unicamp
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra

Segundo o coordenador da Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest), Renato Pedrosa, os números de agora são maiores fora de São Paulo, em especial em capitais, e podem refletir falta de estimulo dos candidatos. "Talvez eles acreditem não ter ido bem em Matemática e Português, aplicadas no domingo, ao contrário do ano passado, quando Matemática foi realizada no último dia de provas", disse Pedrosa.

"Pode ser que o candidato tenha encontrado relativa dificuldade no primeiro dia, também em Língua Portuguesa e Literatura, que também exigem mais do candidato, necessitando uma melhor preparação, uma boa leitura, bom texto e interpretação", analisou. Segundo ele, os exames aconteceram sem problemas e dentro da normalidade.

"Amanhã podemos esperar uma prova difícil, ou seja, Química, Física e Biologia são disciplinas que muitas vezes precisam de cálculos com bastante conteúdo técnico", ponderou. Outra questão é a interdiciplinaridade. Segundo o coordenador, a Unicamp prima pela interdiciplinaridade nas provas, uma caracteristica das instituições que buscam alunos preparados.

Tempo curto

Alguns candidatos reclamaram que o tempo foi curto para a resolução da prova de domingo. Questionado, o coordenador da Comvest disse que o candidato tem em torno de 10 minutos para resolver cada questão. "Não dá para ficar preso a uma mais que isso", comentou.

Ele adiantou que a maioria das amostras de prova para correção, em torno de 60%, estavam com todas as questões respondidas. "A prova de Língua Portuguesa é a mais trabalhosa para se corrigir, assim como também exige mais do candidato", disse ele.

Pedrosa afirmou que a coordenação futuramente pode analisar a aplicação da futuras provas "com pequenas adequações. "Vamos analisar se muitas perguntas do final da folha foram deixadas em branco, por exemplo", completou.

Fonte: Especial para Terra
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