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Pré-vestibular comunitário é opção para alunos de baixa renda

Cursinho

27 jul 2010 - 14h49
(atualizado às 15h08)
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O caminho para uma boa universidade, pública ou privada, passa, na maioria das vezes, por um curso preparatório, o chamado pré-vestibular. A regra é válida para a grande maioria dos alunos que opta por um curso de graduação e precisa rever todo o conteúdo do Ensino Médio.

No caso da moradora da Ilha do Governador, Priscila de Jesus, 20 anos, passar no vestibular não era a única preocupação. Aluna da rede pública durante toda sua vida escolar, a estudante quase viu seu sonho naufragar, por não ter condições de pagar um curso particular. Para sua sorte, Priscila conheceu uma iniciativa que tem ajudado muitos jovens a conquistar a tão almejada vaga em faculdade: os pré-vestibulares comunitários.

Aluna do pré-vestibular Oásis, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, Priscila faz parte dos mais de cem alunos aprovados no vestibular desde que o projeto foi criado, em 1998. Cursando Biblioteconomia na Univesidade Federal Fluminense (UFF), ela faz questão de ressaltar a importäncia da iniciativa para jovens que, como ela, desejam um diploma universitário.

"Ter frequentado o pré-vestibular foi uma oportunidade única para mim. Logo que saí do Ensino Médio estava perdida, não sabia que caminho tomar. Nunca conseguiria passar nas provas se não tivesse estudado em um pré-vestibular comunitário", afirma a orgulhosa universitária.

Opinião semelhante tëm os moradores da Maré, Zona Norte da cidade. Graças ao pré-vestibular comunitário criado há 12 anos na comunidade, mais de 900 moradores já foram aprovados em vestibulares de universidades públicas e também na PUC-Rio.

De acordo com a diretoria do curso, além de contribuir para a inserção dos moradores da Maré e de outros bairros populares à universidade, o Pré-Vestibular tem como objetivo a formação crítica, política e cidadã com foco na formação do sujeito, na sua percepção da realidade e inserção em ações, projetos e espaços de luta e transformação da realidade.

Para Leila Maria de Souza, uma das coordenadoras do Oásis, o grande diferencial do curso é a dedicação de todos os voluntarios que participam do projeto. Segundo ela, cada professor doa uma hora de seu tempo, semanalmente, para o pré-vestibular, que não cobra mensalidade dos alunos, mas exige dedicação total de todos eles. Tanto que não existe recesso no meio do ano e as aulas seguem ininterruptamente até o fim do ano.

Fonte: O Dia
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