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Nível de instrução dos brasileiros sobe, e mulheres ganham espaço

19 dez 2012 - 10h19
(atualizado às 10h19)
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O nível de instrução do brasileiro vem melhorando ao longo dos últimos anos, especialmente entre as mulheres, apontam dados do Censo 2010, divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Cerca de metade da população (49,3%) com 25 anos ou mais de idade não tinha instrução ou apresentavam o ensino fundamental incompleto em 2010. Dez anos antes, 64% dos brasileiros com pelo menos 25 anos tinham nível de instrução semelhante.

Em relação ao curso superior, 10,8% das pessoas tinham diploma em 2010. Antes, em 2000, tal proporção era de 6,8%. Subiu ainda a proporção de brasileiros com o ensino médio completo ou o superior incompleto – 16,4% do total, em 2000, para 25% em 2010.

Entre as mulheres, 11,9% tinham nível superior, o que mostra um avanço frente a 2000, quando 7% delas tinham esse grau de instrução. Já entre os homens com mais de 25 anos, 9,5% tinham obtido diploma universitário, ante 6,5% observados em 2000.

Entre a população com mais de 25 anos de idade, 49,3% não tinham instrução ou apresentaram o ensino fundamental completo. Dez anos antes, 64% se enquadravam nessa característica. Entre as mulheres, 47,8% tinham baixo nível de instrução em 2010 – em 2000, essa proporção chegava a 63,4%. Entre os representantes do sexo masculino, 64,8% apresentavam pouca instrução em 2000. Dez anos depois, essa proporção caiu para 50,8%.

Se recortados os números da faixa dos 25 aos 29 anos, verifica-se que 28,2% estavam nessa condição. A partir daí, a proporção de pessoas com pouco, ou nenhum estudo, segue trajetória ascendente, até à parcela de quem tem mais de 70 anos de idade. Nela, 80,1% da população se enquadraram entre os que têm pouca instrução.

Já entre a população com mais de 25 anos, 11,3% tinham curso superior completo. Do total da população dos 30 aos 34 anos, 13,5% tinham diploma de nível superior. Mas na população com mais de 70 anos, apenas 4,9% completaram o 3º grau.

Na parcela da população dos 25 aos 29 anos, 15,3% das mulheres eram formadas no ensino superior. Entre os homens, essa proporção era de 10,6%. Entre as pessoas com 30 a 34 anos, a diferença era parecida, já que 15,6% das representantes do sexo feminino tinham diploma. Entre os homens, 11,3% estavam formados.

As mulheres mantiveram a hegemonia no que tange à formação em nível superior até à faixa etária que cobre dos 55 aos 59 anos. A partir dos 60 anos, os homens tinham, proporcionalmente, mais formados do que as pessoas do sexo oposto.

A população urbana seguiu com nível de instrução bem mais elevado do que os moradores da área rural. Do total da população fora dos grandes centros, 1,8% tinham o ensino superior completo. Já entre a população urbana, 12,9% apresentaram condição de formação semelhante.

De toda a população rural, 79,6% não tinham instrução, ou apresentaram o ensino fundamental incompleto. Já na área urbana, 44,2% tinham nível de instrução parecido.

O maior nível de instrução tem reflexos no patamar do rendimento nominal mensal per capita. Das pessoas com mais de 25 anos, com um diploma debaixo do braço, 33,9% residem em domicílios com renda nominal mensal per capita superior a cinco salários mínimos. Entre os que apresentam ensino fundamental completo e médio incompleto, apenas 2,8% estão inseridos nessa classe de rendimento.

Fonte: Terra
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