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MG: deputado vai avaliar punição a assessor que ironizou grevistas

21 set 2011 - 20h27
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Ney Rubens
Direto de Belo Horizonte

O líder do governo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Luiz Humberto do Nascimento (PSDB), informou que vai analisar a situação de um assessor que ironizou os professores durante a manifestação da categoria na manhã desta quarta-feira, em Belo Horizonte. Uma emissora de televisão registrou o assessor dizendo para uma professora que está em vigília a frase: "se eu ganhasse 712 reais ia ser servente de pedreiro".

Segundo a assessoria de imprensa de Nascimento, o funcionário é Flávio Pena, que trabalha na liderança do governo. A assessoria afirmou que o deputado ainda não teve acesso às imagens com a declaração e, assim que assistir ao vídeo, irá analisar a situação e decidir se haverá ou não punição.

Os professores da rede estadual de educação de Minas Gerais seguiam em manifestação na porta da ALMG no final da tarde. De acordo com o Sindicato Únicos dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute), cerca de 300 professores passaram a noite acampados na porta da Assembleia e tentaram impedir a entrada dos deputados pela manhã. O Sind-Ute afirmou que a intenção é impedir a tramitação do projeto 2.355, proposto pelo governo de Minas Gerais, que determina o piso salarial da categoria.

Em greve há 106 dias, os professores realizaram na tarde desta terça-feira mais uma assembleia em Belo Horizonte e decidiram pela manutenção da greve no Estado. A medida desafia decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que estabeleceu o retorno imediato dos professores para as salas de aula sob pena de multas que variam de R$ 20 mil a R$ 50 mil por dia não trabalhado. Uma nova assembleia foi marcada para a próxima terça-feira, dia 27 de setembro.

Segundo o Sind-Ute, a instrução é para que a greve continue até que seja cumprido pelo governo mineiro o piso salarial nacional de R$1.187, determinado pelo Supremo Tribunal Federal. A proposta do governo de Minas é de R$712 para uma jornada de 24 horas semanais.

Professores se acorrentaram a um monumento da Praça Sete no centro de Belo Horizonte em forma de protesto
Professores se acorrentaram a um monumento da Praça Sete no centro de Belo Horizonte em forma de protesto
Foto: Alex de Jesus/O Tempo / Futura Press
Fonte: Especial para Terra
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