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Mesmo após recuo do governo, médicos protestam em São Paulo

31 jul 2013 - 19h39
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Cerca de 200 médicos, segundo cálculo da Polícia Militar, protestavam, por volta das 19h20, na avenida Paulista, contra o programa Mais Médicos, lançado neste mês pelo governo federal. Com cartazes e apoiados por carros de som, os manifestantes fecham um dos sentidos da pista. Apesar de o governo ter recuado nesta quarta-feira da proposta de ampliar em dois anos a graduação em medicina, os manifestantes criticam a possibilidade de entrada de médicos estrangeiros no País sem a revalidação do diploma.

O protesto começou na sede da Associação Paulista de Medicina (APM), na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, foi para a Paulista e será encerrado na Rua da Consolação, onde está sediado o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp).

Para o presidente da APM, Florisval Meinão, o recuo do governo na questão do aumento do período de graduação em medicina era necessário, porque "a proposta é inaceitável e inadmissível, do ponto de vista técnico". No entanto, Mainão ainda demostrou desconfiança em relação à proposta do governo. "Parece que o recém-formado, de uma maneira ou de outra, será enviado para atender a essa população mais vulnerável."

O Programa Mais Médicos prevê o trabalho que os recém-formados trabalhem na periferia dos grandes centros e em cidades do interior, onde faltam profissionais de saúde.

Como alternativa à proposta do governo, o presidente da Associação Paulista de Medicina voltou a defender mais investimentos para a saúde e a criação de um plano de carreira público para os médicos. "Enquanto não se tratar da questão do financiamento, não há como levar uma saúde de qualidade para a população", afirmou o médico.

Entenda o 'Mais Médicos'
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa.
- As vagas serão oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais.
- No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitará candidaturas de estrangeiros. Eles não precisarão passar pela prova de revalidação do diploma
- O médico estrangeiro que vier ao Brasil deverá atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios.
- Criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).
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Agência Brasil Agência Brasil
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