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Médicos param pelo segundo dia contra medidas do governo

Profissionais são contra a vinda de médicos estrangeiros e cobram melhores condições de trabalho no País

31 jul 2013 - 16h17
(atualizado às 16h20)
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Médicos de todo o País retomaram nesta quarta-feira a paralisação contra as medidas do governo federal para melhorar o atendimento de saúde no Brasil, principalmente após o lançamento do programa Mais Médicos. Segundo a Federação Nacional das Associações Médicas (Fenam) a mobilização, que teve início ontem, conta com a adesão de pelo menos 22 Estados.

A Fenam estima que a paralisação de dois dias desta semana tenha mais impacto que a última mobilização, do dia 23 de julho. Os protestos servem como preparação para um ato marcado para o dia 8 de agosto, em Brasília, quando ocorrerá uma audiência pública no Congresso Nacional sobre o Mais Médicos. A Fenam recomenda que os profissionais mantenham os serviços essenciais e o atendimento de emergência nas unidades de saúde durante o período de paralisação.

Em Santa Catarina, médicos faziam caminhada nesta tarde pelas ruas da região central de Florianópolis, que incluída o enterro simbólico dos ministros da Saúde, Alexandre Padilha, da Educação, Aloízio Mercadante, e das Relações Exteriores, Antonio Patriota. No Rio de Janeiro, os profissionais se reuniram em frente à Cinelândia com cartazes e gritos contra a presidente Dilma Rousseff.

Os médicos protestam, principalmente, contra a contratação de médicos formados no exterior para atuar em comunidades carentes sem a necessidade de passar pela revalidação dos diplomas. Eles ainda condenam a ampliação do cursos de medicina de seis para oito anos – proposta que teve o recuo do governo confirmado nesta quarta-feira pelo ministro Mercadante. Segundo eles, os dois anos servirão como residência médica.

Entenda o 'Mais Médicos'
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa.
- As vagas serão oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais.
- No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitará candidaturas de estrangeiros. Eles não precisarão passar pela prova de revalidação do diploma
- O médico estrangeiro que vier ao Brasil deverá atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios.
- Criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).
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Fonte: Terra
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