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Mais Médicos: maioria dos profissionais escolheu cidades litorâneas, diz Dilma

Cidades do litoral nordestino foram preferência dos inscritos no programa

10 ago 2013 - 13h56
(atualizado às 16h20)
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Dilma defende programa "Mais Médicos" em evento no RS:

Durante sua passagem pelo Rio Grande do Sul, onde inaugurou obras de mobilidade urbana e entregou retroescavadeiras, a presidente Dilma Rousseff falou sobre as inscrições para o programa Mais Médicos, afirmando neste sábado em Porto Alegre que, com exceção de Brasília e Manaus, a maioria dos inscritos optou por cidades litorâneas do Nordeste.

“Em torno de 1 mil médicos cumpriram os requisitos e na seleção de municípios onde vão trabalhar, com exceção de Manaus e Brasília, todo o resto escolheu o litoral”, disse a presidente, dirigindo-se a uma plateia de prefeitos gaúchos. Exibindo um mapa brasileiro, ela apontava as cidades litorâneas nordestinas como principal escolha dos inscritos no programa.

Dilma afirmou que, além do salário de R$ 10 mil, os médicos que escolhessem trabalhar no interior do Amazonas receberiam uma ajuda de custo de R$ 30 mil para o deslocamento, e para o Nordeste esse valor é de R$ 20 mil.

Segundo ela, ao todo 3.511 municípios se inscreveram pra receber os profissionais solicitando mais de 15 mil vagas – sendo que, entre essas cidades, 92% são consideradas prioritárias para o governo, uma vez que não possuem médicos ou têm índices inferiores a um médico para cada 3 mil habitantes.

“No início do programa, 18.450 médicos se inscreveram, mas 7 mil tinham problemas no registro, que não estava preenchido integralmente, e outros tinham vários problemas”, afirmou a presidente.

Ela reconheceu os problemas estruturais da saúde brasileiras, mas rebate as criticas feitas pelos médicos de falta de condições de trabalho, dizendo que, entre os municípios inscritos para receberem os médicos no programa, 90% já fazem parte de programas governamentais que visam à melhoria de estrutura de atendimento nessas cidades.

Com isso, Dilma disse que a solução será a vinda profissionais estrangeiros – posição que tem sido duramente criticada pelas entidades médicas –, mas ressaltou que eles atuarão no sistema de atendimento básico. “A fiscalização deve ser feita pelas prefeituras, porque eles não podem trabalhar em outros lugares, têm que atender todos os dias... porque já ouvi histórias de prefeitos me dizendo que pagam salário de R$ 17 mil para médicos trabalharem todos os dias, mas só aparecem um dia por semana”, afirmou Dilma.

Ela afirmou que as contratações de médicos são uma medida emergencial, que contará ainda com a abertura de vagas em universidades e para residência, que devem ter resultado de médio e longo prazo.

Entenda o 'Mais Médicos'
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa.
- As vagas serão oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais.
- No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitará candidaturas de estrangeiros. Eles não precisarão passar pela prova de revalidação do diploma
- O médico estrangeiro que vier ao Brasil deverá atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios.
- Criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).

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Fonte: Terra
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