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Ku Klux Klan? Unesp vai investigar uso de fantasia em festa

Veteranos usaram roupas similares à da seita racista dos Estados Unidos e geraram polêmica

31 mar 2015 - 06h58
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Imagem comparando a festa (duas superiores) com a seita (imagem inferior) foi compartilhada no Facebook
Imagem comparando a festa (duas superiores) com a seita (imagem inferior) foi compartilhada no Facebook
Foto: Reprodução

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu vai abrir investigação sobre a participação de alunos em uma festa da turma do 6º ano de medicina realizada no dia 5 de março, na qual veteranos receberam os calouros com roupas similares às da Ku Klux Klan, uma seita racista dos Estados Unidos que prega a supremacia branca e é famosa por atacar negros. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

O tema veio à tona após imagens da festa serem divulgadas nas redes sociais. Com capas, gorros e tochas nas mãos, os estudantes vestiam roupas bem similares às da KKK, alterando apenas a cor, para preto.

Uma página que combate a opressão dento das faculdades de medicina publicou as fotos da festa comparando as imagens com reuniões da seita americana.

Imagens divulgadas no Facebook mostram os estudantes veteranos vestindo capas, gorros e com tochas nas mãos, observados pelos calouros. Apesar das capas pretas (a KKK usava roupas brancas), a fantasia revoltou usuários na internet e chegou até a direção da Faculdade de Medicina de Botucatu. “"Qual das três fotos representa festa da calourada dos estudantes da UNESP-Botucatu, com estudantes "fantasiados" de KKK? Qual das três fotos representa fascismo, ódio, tortura? Com a morte de centenas de milhares de pessoas não se brinca. O racismo não é brincadeira”, disse a página.

Foto: Reprodução

Em um dos comentários do texto, uma caloura disse que foi “apenas uma brincadeira” e que “eles (veteranos) chegaram fantasiados assim e se despiram a fim de quebrar a ideia do trote”.

Uma comissão de apuração preliminar vai investigar a festa. Alunos da 48ª turma de medicina, responsáveis pela festa, disseram que a fantasia era de “carrasco”. Segundo eles, não houve prática preconceituosa, mas pediram desculpas pelo episódio.

Fonte: Terra
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