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Governo desiste de estender em 2 anos cursos de medicina

Pela nova proposta anunciada pelo Ministério da Educação, a residência médica será obrigatória ao final da graduação

31 jul 2013 - 15h35
(atualizado em 2/8/2013 às 16h58)
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A proposta de ampliação do curso era um dos motivos dos protestos de médicos no País
Foto: Roger Pereira / Especial para Terra

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, confirmou nesta quarta-feira que o governo federal desistiu da ampliação de seis para oito anos dos cursos de medicina no País, uma das propostas mais polêmicas do programa Mais Médicos. Com a mudança, os dois anos a mais, com atuação no Sistema Único de Saúde (SUS), serão aproveitados como residência médica.

As mudanças foram anunciadas pelo ministro após reunião com dirigentes de universidades federais - e acontecem no mesmo dia em que médicos fazem paralisação nacional para protestar contra as medidas do governo. O governo aceitou sugestão de uma comissão de especialistas que analisa o programa após sucessivas criticas de entidades médicas e faculdades de medicina à proposta.

Pelo novo modelo, os médicos vão continuar concluindo o curso em seis anos. No entanto, a residência passará a ser obrigatória a partir de 2018. No primeiro ano da residência, o médico deverá atuar na atenção básica, urgência e emergência do SUS, dentro da sua especialidade (pediatria, cardiologia, ginecologia, etc). 

"É evidente que algumas especialidades são mais disputadas, terão exames de seleção. Mas terá vaga para todo estudante de medicina. A partir de 2018, queremos condicionar para algumas atividades da medicina a obrigatoriedade da residência, a exemplo do que ocorre em alguns países", disse o ministro.

Infográfico: Revalidação do diploma médico

Conheça a história de médicos brasileiros que se graduaram fora do País e por que é necessário revalidar o diploma para poder trabalhar no Brasil

As mudanças na proposta serão encaminhadas à Câmara dos Deputados, que analisa a medida provisória que cria o programa Mais Médicos. O governo ainda analisa mudanças no currículo das graduações de medicina, para que os estudantes tenham mais contato com a atenção básica no SUS.

Lançado em julho, por medida provisória, o Programa Mais Médicos tem como meta levar profissionais para atuar durante três anos na atenção básica à saúde em regiões pobres do Brasil, como na periferia das grandes cidades e em municípios do interior. Para isso, o Ministério da Saúde pagará bolsa de R$ 10 mil.

O programa também prevê a possibilidade de contratar profissionais estrangeiros para trabalhar nesses locais, caso as vagas não sejam totalmente preenchidas por brasileiros. A medida tem sido criticada por entidades de classe, sobretudo, pelo fato de o programa não exigir a revalidação do diploma de médicos de outros países.

Entenda o 'Mais Médicos'
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa.
- As vagas serão oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais.
- No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitará candidaturas de estrangeiros. Eles não precisarão passar pela prova de revalidação do diploma
- O médico estrangeiro que vier ao Brasil deverá atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios.
- Criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).

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Fonte: Com informações da Agência Brasil
Fonte: Terra
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