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Garota negra é ameaçada de expulsão em escola cristã por não cortar cabelo

2 dez 2013 - 14h58
(atualizado às 16h34)
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Vanessa VanDyke, 12 anos, relatou que sofre bullying devido ao cabelo, mas se nega a cortá-lo
Vanessa VanDyke, 12 anos, relatou que sofre bullying devido ao cabelo, mas se nega a cortá-lo
Foto: Reprodução

O Dia Internacional para a Abolição da Escravatura é comemorado neste dia 2 de dezembro em todo o mundo e busca combater a escravidão e por práticas análogas a esse crime que configuram violações flagrantes dos direitos humanos. Apesar de parecer um problema antigo e já solucionado, formas contemporâneas de escravidão continuam existindo: servidão, trabalho forçado, tráfico de pessoas e de órgãos, exploração sexual, trabalho infantil, casamentos forçados e venda de noivas são alguns dos exemplos citados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Apesar dos esforços de governos e do setor privado, práticas racistas continuam existindo atualmente.

Qual a diferença entre preto, pardo e negro?

Em Orlando, na Flórida - um dos principais pontos de turismo nos Estados Unidos - uma garota negra afirmou que a escola particular onde ela estuda impôs uma escolha: cortar e "arrumar" seus cabelos, naturalmente cacheados, dentro de uma semana, ou então deixar o colégio. A sugestão foi dada por funcionários da escola religiosa Faith Christian Academy. A garota de 12 anos decidiu divulgar o caso à imprensa americana, e na semana passada a instituição decidiu voltar atrás. As informações são da agência pública de notícias russa RIA Novosti.

A menina, Vanessa VanDyke, e sua mãe, Sabrina Kent, afirmaram ao site Local10.com que não pretendiam atender ao pedido de cortar o cabelo dela - uma característica que faria parte de sua identidade. A aluna do sétimo ano acrescentou que manteve esse estilo durante o ano inteiro, mas as autoridades escolares relataram problemas com os fios depois que a família reclamou que a garota estava sendo alvo de bullying.

De acordo com o código de vestimenta do colégio cristão, "o cabelo deve ser de cor natural e não pode ser uma distração". As regras internas proíbem estilos como o moicano e visuais raspados nas laterais ou no topo da cabeça, porém não se limita a esses exemplos. Após a polêmica, a instituição afirmou que a garota não será expulsa, mas haverá um encontro com ela e a mãe para se tentar chegar a um acordo.

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Fonte: Terra
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