23 de agosto - Em São Paulo, sete médicos formados no exterior desembarcaram no aeroporto de Guarulhos nesta sexta-feira. Até domingo, está prevista a chegada de 244 profissionais a diversas capitais do País. A partir de segunda-feira, eles começam a passar por um curso de atualização, de três semanas, para depois serem encaminhados às cidades onde vão trabalhar
Foto: Bruno Santos / Terra
23 de agosto - De acordo com a médica argentina Natalia Allocco, 26 anos, o programa antecipou um "sonho" que tinha de viver no Brasil. Filha de mãe brasileira, ela diz conhecer o País, para o qual já veio em diversas ocasiões. Trabalhar em regiões carentes não a assusta
Foto: Bruno Santos / Terra
23 de agosto - Cristian Cheles Uzuelli, 32 anos, é outro brasileiro formado na Argentina, onde viveu por 8 anos. "Sempre que trabalhamos em um lugar fora, há alguma hostilidade no início. Foi assim comigo na Europa. Vir trabalhar aqui foi uma questão de opção. Trabalhei na região de La Plata, onde considero que as questões de pobreza sejam ainda maiores do as que vou enfrentar aqui", disse
Foto: Bruno Santos / Terra
23 de agosto - De acordo com Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, São Paulo ficará com 102 médicos dos 1.340 profissionais que serão destinados para 516 municípios do País
Foto: Bruno Santos / Terra
23 de agosto - Thiago da Silva, 32 anos, é brasileiro e retorna da Argentina após 12 anos. Médico pediatra, ele disse que o valor da bolsa foi o que menos pesou para trabalhar no Brasil. "Quero oferecer boa medicina aqui", disse ele, filho de pai mineiro e mãe paulista
Foto: Bruno Santos / Terra
23 de agosto - Na capital federal, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebeu os profissionais da saúde
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
23 de agosto - A médica espanhola Sonia Nunes chega a Brasília
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
23 de agosto - Médicos formados no exterior são recebidos diretor do programa da Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, Felipe Proenço, vinculado ao Ministério da Saúde, em Porto Alegre
Foto: Daniel Favero / Terra
23 de agosto - No Rio de Janeiro, médicos formados no exterior chegaram com críticas aos profissionais brasileiros
Foto: Marcus Vinícius Pinto / Terra
23 de agosto - Médicos formados no exterior chegam em Belo Horizonte
Foto: Ney Rubens / Especial
24 de agosto - Primeiros médicos enviados pelo governo de Cuba desembarcam no Recife. Trinta formados na ilha caribenha desembarcaram no Recife e outros 176 seguiram para Brasília
Foto: Luiz Fabiano / Futura Press
24 de agosto - Médicos de Cuba chegam a Brasília
Foto: Futura Press
25 de agosto - Em Fortaleza, formados na ilha caribenha são recebidos com manifestação no aeroporto
Foto: Futura Press
25 de agosto - Salvador foi uma das cidade que recebeu os médicos de Cuba no domingo. No final de semana, foram 400 formados na ilha. Até o final do ano, o total deve chegar a 4 mil
Foto: Futura Press
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Na chegada ao Rio de Janeiro dos médicos formados no exterior para o programa Mais Médicos, do Ministério da Saúde, foram os brasileiros que estavam fora do País e que aderiram ao programa que bateram forte contra os críticos da iniciativa. "Não precisamos de Revalida (o exame de revalidação de diploma). Fiz cinco anos de pediatria lá fora e não dois aninhos como aqui", disse em tom crítico o goiano Marcio Moura, que abandonou o serviço público no Faro, sul de Portugal, para voltar ao Brasil com a mulher e a filha para trabalhar em Pirenópolis, Goiás. "Não precisamos de dinheiro, viemos pelo desafio de trabalhar no nosso País", disse.
Há 20 anos em Portugal e formado na Espanha, Robson Carmo é outro que decidiu voltar ao Brasil. "Devo responsabilidade ao pacientes e não aos médicos brasileiros. As pessoas é que devem me avaliar", disse, afirmando que a bolsa oferecida de R$ 10 mil é o fator menos importante. "Lá fora ganhava duas vezes e meia mais que aqui", afirma. "E chega uma borda na vida que nem tudo é dinheiro. Os colegas brasileiros não precisam ficar com medo da gente" disse Marcio, revoltado com a polêmica. Ele disse que decidiu voltar ao Brasil há apenas 40 dias.
Outra revolta dos médicos recém-chegados de Portugal é sobre a reclamação das entidades médicas de falta mais estrutura do que profissionais da saúde no Brasil. "Conheço a realidade na minha cidade e sei que nos postos os médicos estão bem equipados", disse Geslei Teodoro, outro goiano que deixa a Europa para voltar para casa. "Entendo a preocupação dos médicos daqui, mas com o tempo isso passa", disse, afirmando que há muitas inverdades sobre a formação deles no exterior. "Se você quiser sair de Portugal e ir para a Inglaterra, não tem essa de fazer prova, basta certificar que você sabe falar inglês", comentou ao lado dos dois amigos, dois médicos brasileiros que vieram da Argentina e quatro médicos portugueses.
Durante todo o fim de semana, 68 médicos vão chegar no aeroporto do Galeão vindos de Portugal, Alemanha, Espanha, Uruguai, Argentina e Rússia, sendo alguns brasileiros formados nesses países. Do total de 244 médicos que chegam ao Brasil, 47 vão ficar em cidades do Estado do Rio. Eles vão ficar três semanas em um alojamento do exército e participam de um treinamento de avaliação de programa de saúde e língua portuguesa feita por uma universidade federal.
Independente da especialidade de cada profissional, eles atuarão como médico de família. Depois de aprovados, eles ganham visto de trabalho de três anos de duração para trabalhar apenas no local escolhido no processo de seleção.
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