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Estudantes encerram protesto contra corrupção na Alesp

10 mai 2016 - 14h49
(atualizado às 14h49)
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A mobilização une alunos do ensino técnico e da rede regular de ensino e já contabilizou a ocupação de 18 prédios públicos e a tomada de mais cinco escolas técnicas (Etecs)
A mobilização une alunos do ensino técnico e da rede regular de ensino e já contabilizou a ocupação de 18 prédios públicos e a tomada de mais cinco escolas técnicas (Etecs)
Foto: Agência Brasil

Estudantes da rede pública estadual encerraram o protesto de hoje (10) com uma assembleia no Parque da Juventude, zona norte paulistana. Os jovens saíram do Parque da Luz, na região central da capital, e seguiram em passeata pela sede do Centro Paula Souza (CPS) e Instituto Federal de Educação de São Paulo. Nesse ponto, a polícia cercou o prédio preventivamente para impedir tentativas de ocupação do local. Os alunos protestaram contra a falta de merenda e as denúncias de corrupção na alimentação escolar

Durante o percurso, o grupo levava faixas e gritava palavras de ordem, além de distribuir panfletos. “Quando vamos para a rua, conseguimos chamar a atenção do trabalhador, que, muitas vezes, não recebe pela televisão e pelos grandes meios de comunicação as notícias de que realmente está faltando merenda nas escolas e de que a educação está precarizada”, disse o estudante Marcelo, 18 anos, para justificar o ato. Temendo represálias, ele não forneceu o sobrenome. Ao finalizarem o ato, os estudantes passaram a discutir os rumos do movimento.

Ontem (9), a mobilização que une alunos do ensino técnico e da rede regular de ensino contabilizou a ocupação de 18 prédios públicos e a tomada de mais cinco escolas técnicas (Etecs). Ao todo, estão sob controle dos secundaristas 15 Etecs, duas escolas estaduais e uma diretoria de ensino.

Marmitas

Em resposta às demandas do movimento, o CPS anunciou o fornecimento de marmitas com almoço para os alunos do ensino técnico. Os estudantes reivindicam, no entanto, que seja firmado o compromisso da construção de refeitórios em todos os estabelecimentos de ensino da rede.

Atualmente, os estudantes com atividades durante todo o dia recebem dois lanches. “A gente quer um programa que funcione a longo prazo”, afirmou Marcelo, que estuda na Escola Estadual Maria Helena Colônia, em Mauá, na Grande São Paulo.

Os estudantes também querem que a Assembleia Legislativa de São Paulo instaure uma comissão parlamentar de inquérito para apurar as denúncias de desvios nos contratos da merenda em pelo menos 20 municípios.

Agência Brasil Agência Brasil
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