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Estudantes chilenos anunciam novos protestos para quinta-feira

3 ago 2011 - 12h44
(atualizado às 13h04)
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Estudantes e professores do Chile confirmaram que continuarão seus protestos com uma greve nacional e duas passeatas na quinta-feira em Santiago. Os protestos foram anunciados mesmo depois que o ministro da Educação, Felipe Bulnes, entregou na segunda-feira uma proposta de 21 pontos - a segunda oferecida pelo governo - aos líderes estudantis, que deveriam respondê-la até sexta-feira.

"Vamos dar um sinal de que estamos mobilizados, alertas e que a discussão não acaba com a resposta dada pelo ministro. Portanto, a marcha ocorre independente do que ele tenha respondido", disse à imprensa Camila Vallejos, dirigente dos universitários.

Dois fortes sindicatos universitários, o da Universidade Católica e o da Universidade de Santiago, já rejeitaram a proposta governamental e anunciaram sua presença na manifestação que será realizada no centro de Santiago. "A ideia desta marcha é que não apenas estudantes possam participar, e não se manifestem apenas por temas da educação, mas também pela crise no sistema completo", disse Georgio Jackson, dirigente da Universidade Católica.

Segundo os universitários, a proposta do governo responde a uma parte de suas demandas para fortalecer a educação pública no Chile, mas só acolhe parcialmente a principal exigência, que é acabar com o lucro na educação, proibido na legislação chilena, mas burlado com brechas legais.

A marcha dos universitários foi convocada para as 18h30 (19h30 de Brasília) e será precedida por outra manifestação que ocorre na quinta-feira de manhã de estudantes do ensino médio, que tem como principal demanda estatizar a educação pública, atualmente controlada pelos municípios.

A crise educacional, que já dura dois meses, mantém dezenas de universidades paradas e centenas de colégios tomados. Os estudantes protagonizaram enormes manifestações.

Após organizar uma marcha na capital Santiago na última semana, cerca de 80 estudantes chilenos foram reprimidos pela polícia
Após organizar uma marcha na capital Santiago na última semana, cerca de 80 estudantes chilenos foram reprimidos pela polícia
Foto: Reuters
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