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Livros na China chamam homossexualidade de "desordem mental"

Livros na China definem homossexualidade como "desordem a ser tratada"

20 ago 2015 - 08h23
(atualizado às 13h35)
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Estudante universitária da província chinesa de Cantão fez uma denúncia contra o Ministério da Educação
Estudante universitária da província chinesa de Cantão fez uma denúncia contra o Ministério da Educação
Foto: Marcelo Pereira / Terra

Uma estudante universitária da província chinesa de Cantão, no sul do país, fez uma denúncia contra o Ministério da Educação (MOE, na sigla em inglês) para que elimine a descrição da homossexualidade em alguns livros de texto como "uma desordem que deveria ser tratada".

A jovem, que utilizou o pseudônimo de Qiu Bai quando denunciou o caso para evitar ser publicamente exposta, começou a buscar respostas sobre suas dúvidas sobre sua sexualidade em uma biblioteca da universidade, publicou nesta quinta-feira a agência oficial "Xinhua".

Então ela percebeu que quase todos os livros que consultou definiam a homossexualidade como uma desordem mental.

Alguns acrescentavam inclusive que deve ser usado um tratamento de descargas elétricas para curar a "doença".

Qiu pediu ao MOE para esclarecer que regulações há a respeito que possam supervisionar tais conteúdos, mas não obteve resposta no período previsto de 15 dias.

Foi então que decidiu apresentar uma denúncia contra o Ministério em um tribunal de Pequim.

"Os homossexuais já estão sob grande pressão. Um estigma a mais proveniente dos livros de texto pode causar um grande dano. O MOE deveria cumprir com sua obrigação de supervisionar estes conteúdos", disse Qiu.

Apesar de a China ter despenalizado a homossexualidade em 1997 e a ter eliminado da lista de doenças mentais em 2001, ainda é um tema tabu em muitas camadas da sociedade do país.

EFE   
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