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Escola de SP usa Harry Potter para ensinar química e história

Escola de SP usa Harry Potter para ensinar química e geografia

13 nov 2011 - 14h45
(atualizado às 15h37)
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Como trabalhar conteúdos tradicionais de forma inovadora? No Colégio Saint Clair, de São Paulo, direção e professores se deram conta de que poderiam mesclar as atividades escolares com assuntos de domínio da garotada. Assim, desenvolveram o projeto Harry Potter e a Magia do Conhecimento, em que disciplinas como química e história são ensinadas tendo por base as aventuras do bruxo mais famoso da literatura e do cinema modernos. Como resultado, conseguiram o envolvimento em massa de alunos dos ensinos fundamental e médio.

Apesar da resistência inicial de alguns pais, que se opuseram à ideia principalmente por questões religiosas, o colégio seguiu dialogando até aprovar o projeto. "Mostramos que o contexto em que toda a ficção da série é inserida trazia muita riqueza científica e que permitir aos alunos adentrar em um mundo de criatividade e inteligência seria extremamente produtivo para o ensino", explica Luciane Fazito, diretora da escola, que durante todo o ano costuma promover eventos educacionais com os mais diversos enfoques.

Com o Saint Clair transformado em uma Hogwarts, a escola de magia dos livros e filmes, os estudantes tiveram a oportunidade de descobrir como eram os colégios antigamente, com seus quadros-negros e aulas mais densas, diferentes das propostas das instituições mais modernas."Até mesmo os ambientes vistos no filme foram utilizados como, por exemplo, a Floresta Proibida. Foi proposto aos alunos um estudo de como seria essa suposta floresta, com análise de vegetação, animais e clima, buscando encontrar uma floresta real com as mesmas características", conta a diretora.

A partir da ficção, os alunos aprenderam sobre a Inquisição durante a Idade Média (história), quando os "bruxos" eram perseguidos pela Igreja, sobre o ábaco e outras ferramentas antigas de cálculos (matemática) e realizaram atividades bem interativas como o jogo de xadrez (raciocínio) em que as peças eram as próprias pessoas, em alusão ao primeiro livro da série, Harry Potter e a Pedra Filosofal.

A parte da "bruxaria" ficou por conta dos experimentos químicos como as experiências de alteração da cor da água e métodos de elaboração de perfume. Usando com base o envelhecimento dos personagens da série, as turmas aprenderam sobre as etapas de crescimento do ser humano.

Para completar a diversidade dos trabalhos, teve até invenções robóticas: uma coruja e uma aranha mecânicas, alusivas aos exemplares desses animais que apareceram na série.

Alunos do colégio Saint Clair, de São Paulo, aprendem os conteúdos com as magias do bruxo de Harry Potter
Alunos do colégio Saint Clair, de São Paulo, aprendem os conteúdos com as magias do bruxo de Harry Potter
Foto: Saint Clair / Divulgação
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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