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Sistema para correção diferenciada de gabarito do Enem é suspenso

10 nov 2010 - 00h13
(atualizado às 02h00)
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Está suspensa a publicação no site do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de um sistema que seria aberto nesta quarta-feira para que estudantes prejudicados pelo erro de impressão na folha de respostas pudessem pedir a correção diferenciada do gabarito. O Instituto Nacional dos Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) está impedido, por liminar da Justiça Federal no Ceará, que suspendeu o Enem, a dar continuidade ao processo.

A folha em que os estudantes marcaram as respostas das questões estava com o cabeçalho das provas de ciências humanas e ciências da natureza trocado. O exame teve 90 questões, sendo a metade de cada uma das áreas. Mas, na folha de marcação, as questões de 1 a 45 eram identificadas como de ciências da natureza e as de 46 a 90 como de ciências humanas, quando, na prova do último fim de semana, o caderno de provas trazia primeiro as questões de ciências humanas. O erro ocorreu em todos os cartões distribuídos aos 3,3 milhões de participantes.

Pelo site do Enem, os candidatos que não seguiram a ordem numérica das questões durante a marcação poderiam pedir a correção invertida. O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que será aberto um processo administrativo para apurar se há responsabilidade de funcionários ou dirigentes do Inep no erro da folha de respostas.

O edital previa que um representante do instituto deveria revisar o material antes da impressão. Uma das explicações para a falha é que, na edição do ano passado, a prova tinha a ordem inversa da aplicada neste ano. O mesmo arquivo poderia ter sido usado erroneamente para 2010, sem que fosse feita a inversão dos cabeçalhos.

Entenda o caso

A Justiça Federal no Ceará proibição a divulgação do gabarito do Enem depois que a juíza Karla de Almeida Miranda Maia suspendeu o concurso por liminar. A argumentação da juiza é que as falhas nas provas violaram o princípio da isonomia entre os candidatos.

No primeiro dia de prova do Enem, no sábado, dia 6, entre os erros os estudantes detectaram que o cabeçalho da folha para o gabarito das questões de ciências da natureza estava incorretamente identificado como ciências humanas, o que inviabilizava a marcação precisa das respostas no espaço destinado na prova.

Agência Brasil Agência Brasil
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