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Sem redação, média do Enem cai 16,2 pontos na edição de 2011

22 nov 2012 - 17h20
(atualizado às 17h49)
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Luciana Cobucci
Direto de Brasília

O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta quinta-feira as notas das escolas públicas e privadas que tiveram alunos inscritos na edição de 2011 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). De acordo com o órgão, houve um queda de 16,2 pontos na média obtida pelos estudantes nas provas, que passou de 511 em 2010 para 494,8 no ano passado.

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Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a média nacional caiu porque o desempenho do aluno na redação foi descontado da nota final. "Tiramos a redação da nota final porque a gente buscou o critério mais objetivo possível de avaliação. A redação tem maior subjetividade", justificou.

"Para manter um padrão bem objetivo de comparação, tiramos a redação. Mas, nos nossos dados, nas médias de matemática e português, houve uma evolução, uma melhora entre 2010 e 2011", afirmou.

De acordo com o MEC, a média das escolas privadas ficou em 596,2 pontos. Já as escolas da rede pública alcançaram 474,2 pontos. Entre as 100 primeiras colocadas no levantamento, apenas dez são públicas. Veja a relação por escola no site do MEC.

Mercadante ainda lembrou que o Enem não é um instrumento de avaliação da escola, mas do aluno. Segundo ele, é preciso considerar que algumas instituições de ensino médio realizam processo seletivo para permitir a matrícula de alunos.

"O Enem não é ranking de avaliação entre escolas. Ele é uma avaliação dos alunos, dos estudantes, portanto é insuficiente como instrumento de avaliação do ambiente escolar mesmo porque temos escolas cuja natureza é muito distinta. Por exemplo as escolas que selecionam os estudantes. Em geral, elas têm desempenho melhor que as que são 'porta aberta' e acolhem todos os estudantes da região. As que têm processo rigoroso de seleção tendem a ter notas muito melhores", afirmou o ministro.

Enem 2011

Segundo levantamento do MEC, das pouco mais de 10 mil escolas que participaram do Enem 2011, 47,62% eram privadas. A maior dos estudantes que prestaram o exame (83,86%) tem renda familiar per capita entre um e cinco salários mínimos (de R$ 622,00 a R$ 3,1 mil).

Com cerca de 5,3 milhões de inscritos, o Enem de 2011 foi aplicado nos dias 22 e 23 de outubro daquele ano. A edição do exame foi marcada pelo vazamento de questões em uma escola particular de Fortaleza (CE), já que alunos tiveram acesso antecipado a perguntas da prova, utilizadas em um pré-teste aplicado pelo Inep no colégio. Apesar do vazamento, o exame não foi cancelado, apenas os estudantes da escola precisaram fazer uma nova prova.

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