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Presidente da UNE diz ser contra divulgação do gabarito do Enem

12 nov 2010 - 16h59
(atualizado às 19h19)
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Tatiana Damasceno
Direto de Brasília

O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Augusto Chagas, disse nesta sexta-feira que é contra a divulgação do gabarito do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pelo Ministério da Educação. Ele considera o ato "precipitado". "Acho precipitado a divulgação agora. O mais adequado é dizer qual a solução para os estudantes prejudicados. A UNE quer Garantir que todos os estudantes possam ser contemplados", afirmou.

A entidade defende que o MEC realize uma segunda prova, mas desta vez, opcional. "O ministério precisa assumir a responsabilidade pelos estudantes que foram prejudicados". A UNE terá uma nova reunião com o ministro Fernando Haddad na semana que vem, pois eles querem participar das discussões sobre a realização de um novo exame, que ainda não tem data.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, confirmou nesta sexta a realização de uma nova prova do Enem apenas para os estudantes que foram prejudicados pelos erros da prova amarela. A identificação dos prejudicados pelo erro será feita através da análise dos relatórios e atas dos locais onde as provas foram aplicadas. O ministro manteve a data de divulgação do resultado para o dia 15 de janeiro.

De acordo com o ministro, não haverá atraso na correção e divulgação dos resultados, e o cronograma está todo mantido. E o gabarito deve ser divulgado na página da internet do Inep ou do Enem ainda nesta sexta.

Os problemas do Enem
No último sábado, primeiro dia de aplicação do Enem, 21 mil cadernos de prova amarelos apresentaram erro de montagem e não continham as 90 questões. O MEC acredita que a maioria dos candidatos conseguiu trocar o material e fez a avaliação sem dificuldades.

Outro problema ocorreu na folha em que os estudantes marcam as respostas das questões, que estava com o cabeçalho das duas provas trocado. O exame teve 90 questões, sendo a primeira metade de ciências humanas e o restante de ciências da natureza. Mas, na folha de marcação, as questões de 1 a 45 eram identificadas como de ciências da natureza e as de 46 a 90, como de ciências humanas.

Em função desses erros, a Justiça Federal no Ceará determinou a suspensão do Enem. A UNE não quer que o exame seja anulado, já que mais de 3 milhões teriam feito a prova com tranquilidade. As entidades criaram uma central para receber as reclamações dos estudantes, que já recebeu mais de 1,1 mil contatos. UNE e Ubes querem discutir junto com o MEC quais serão os critérios usados para definir quem terá direito a refazer o exame.

Fonte: Redação Terra
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