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Crise dos Mísseis completa 50 anos; veja como pode cair no Enem

23 out 2012 - 07h40
(atualizado às 15h05)
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Na disputa pela hegemonia política, econômica e militar no mundo, logo após a Segunda Guerra Mundial, dois dos países do bloco vencedor da disputa se voltaram um contra o outro. De um lado, o socialismo com base na economia planificada e na igualdade social da União Soviética (URSS). Do outro, Estados Unidos e o capitalismo que defendia a propriedade privada, a democracia e uma economia livre.

Avião da patrulha norte-americana voa sobre um cargueiro soviético em Cuba
Avião da patrulha norte-americana voa sobre um cargueiro soviético em Cuba
Foto: Getty Images

Simulado: teste seus conhecimentos e veja se está preparado para o Enem

Há 50 anos, em outubro de 1962, porém, a situação chegou ao seu nível mais crítico. Fortalecida por Cuba, que livre do domínio americano resolveu se tornar um Estado socialista, a URSS instalou mísseis SS-5 de longo alcance na ilha, capazes de destruir cidades como Nova York e Washington. A partir deste fato, se desenrolou por 13 dias a chamada Crise dos Mísseis, ou Crise de Outubro. Uma Terceira Guerra Mundial foi evitada depois de retaliações, conversas pela linha telex entre os dois presidentes, acordos e tratados.

No Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os conteúdos referentes à história são testados na prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias, que será aplicada no primeiro dia de teste e compreende também as matérias geografia, filosofia e sociologia. Por estar completando cinco décadas, a Crise dos Mísseis é um dos prováveis temas a ser cobrado no Enem. Período crítico da Guerra Fria, deve aparecer relacionado com este contexto, segundo o professor e coordenador da parte de História do Vestibular de A a Z, Luiz Augusto Teixeira: "É interessante que o aluno entenda que esse fato foi o maior evento da Guerra Fria dentro do território cubano", disse.

Questões sobre as tensões entre os Estados Unidos e Cuba e os respectivos presidentes da época, John Kennedy e Fidel Castro, também podem aparecer, pois, oficialmente, ainda não há uma boa relação entre os dois países vizinhos. O embargo americano em relação a Cuba ainda existe, porém, deve se dissipar nos próximos anos, acredita Teixeira. Uma ou duas questões que relacionem o conteúdo com geopolítica são prováveis, já que a ilha caminha lentamente para deixar o sistema socialista e assim, se tornar uma democracia. Como a política cubana está mudando, a tendência é que essa interdição econômica não exista mais e que americanos e cubanos passem a ter trocas intensas, quanto à economia.

O professor Teixeira recomenda estudar a Revolução Cubana, fortemente ligada à crise, e seu significado para a América Latina, pois foi o primeiro país a adotar o caminho de esquerda no continente. Entender as mudanças, consequências e a política adotada por Fidel Castro após a revolta de Cuba é importante para compreender a atual situação do país e as relações políticas atuais.

Se na década de 1960 o mundo estava dividido na chamada ordem bipolar, hoje cada nação segue um estilo personalizado de governo. Para o professor de história do Cursinho da Poli Fernando Ribeiro, a diplomacia mundial, os relacionamentos e alinhamentos diplomáticos entre os países podem aparecer no exame contextualizados na Crise de Outubro. "Observar as atitudes que os países tomam em relação a fatos marcantes, a partir da decisão de outros ou em conjunto e observar as linhas de diplomacia de cada um pode ajudar bastante na hora da prova", aconselha Ribeiro.

Estar a par de assuntos como a Primavera Árabe e o impeachmeant do ex-presidente Fernando Lugo no Paraguai são exemplos de como é possível se preparar nesse sentido. Ligar fatos importantes recentes com os do passado é algo que os alunos podem fazer para compreender melhor como os países agem atualmente, dica do professor para quem irá prestar o Enem. Ler jornais e revistas é essencial para adquirir conhecimento quanto a diplomacia, conflitos passados e a organização geopolítica atual.

Enem

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado em 1998 pelo governo federal com o objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao fim da educação básica. A partir de 2009, o teste passou a ser utilizado também como mecanismo de seleção para ingresso no ensino superior.

Neste ano, as provas serão aplicadas nos dias 3 e 4 de novembro, sábado e domingo, em todo o País, a partir das 13h (pelo horário de Brasília). No primeiro dia, o candidato resolverá as questões de Ciências Humanas e suas Tecnologias e de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, com duração de 4 horas e 30 minutos, contadas a partir da autorização do aplicador para início das provas. No segundo dia, serão realizados os testes de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, e Redação, com duração de 5 horas e 30 minutos, igualmente contadas a partir da autorização. O participante só poderá levar o caderno de questões ao deixar em definitivo a sala nos últimos 30 minutos. O gabarito tem divulgação prevista para 7 de novembro e os resultados, para 28 de dezembro.

Desde o dia 10 de outubro, os cartões de confirmação da inscrição contendo número de registro, data, hora e local de realização das provas, indicação de atendimento diferenciado e/ou específico, opção de língua estrangeira e solicitação de certificação (quando for o caso) estão sendo remetidos por via postal para o endereço informado pelo participante. As informações também estarão disponíveis no site http://sistemasenem2.inep.gov.br/. É obrigatória a apresentação de documento de identificação original com foto para a realização das provas.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pelo exame, recomenda que todos os candidatos compareçam ao local de realização das provas até as 12h (de Brasília). Participantes guardadores de sábado serão acomodados em salas e aguardarão até as 19h para iniciarem as provas no primeiro dia.

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