PF pode investigar vazamento de dados de inscritos no Enem
A Polícia Federal (PF) se colocou à disposição do Ministério da Educação (MEC) para investigar o vazamento de dados de 12 milhões de inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Ficaram expostos, o nome, RG, CPF e as notas dos candidatos, informações sigilosas. A PF alertou que há o risco de os dados serem usados por golpistas.
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), José Joaquim Soares Neto, afirmou que pedirá ajuda à PF se ficar comprovada má-fé.
O Inep suspendeu, por tempo indeterminado, a consulta ao site - tanto para alunos, quanto para instituições. Soares Neto, porém, garantiu que o vazamento não compromete o resultado do Enem e não invalida o processo de seleção das 231 universidades que utilizaram o teste em seus vestibulares. Para o presidente do Inep, uma dessas instituições foi a responsável pelo vazamento.
"Liberávamos os dados às instituições mediante cadastro com senha. Uma delas tornou público o link, e imediatamente nós suspendemos o acesso. Temos como saber quem fez isso", explicou Soares Neto. "Só vamos reativar a consulta quando tivermos certeza da segurança em nosso portal".
Ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto considerou o vazamento incidente menos grave do que o roubo de provas do Enem, ano passado. "É um episódio que não poderia ter ocorrido, mas certamente não compromete a lisura do concurso".
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