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Enem: escola diz que estranhou redação anulada e entrou na Justiça

Enem: escola diz que estranhou redação anulada e entrou na Justiça

4 jan 2012 - 17h28
(atualizado às 17h32)
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A diretora do colégio particular Lourenço Castanho, Sylvia Gouvea, afirmou nesta quarta-feira que o aluno da instituição paulista que teve a redação anulada na última edição Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) apresenta um ótimo desempenho e por isso a direção estranhou que ele tivesse nota zero na prova. A própria escola contratou um advogado para pedir a revisão da pontuação do estudante, que é bolsista.

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Nesta quarta-feira, o Ministério da Educação (MEC) confirmou que a nota do estudante foi revista, passando de zero para 880 pontos. O edital do exame não prevê a possibilidade de recurso. Segundo o MEC, com o pedido encaminhado pela Justiça para que o aluno tivesse acesso ao espelho da redação, foi chamada uma nova banca avaliadora que corrigiu novamente o texto e alterou a nota. Ainda de acordo com o órgão, há mais 15 ações na Justiça movidas por candidatos do Enem pedindo revisão da redação.

A diretora da escola também disse que a decisão da Justiça não foi cumprida integralmente pelo MEC. "Ele ainda não pode ver a prova. Nós ainda vamos continuar buscando que a liminar seja cumprida (e a escola possa ter acesso à correção) para esclarecer o que houve", afirmou.

Cada redação do Enem é corrigida por dois corretores e caso haja discrepância superior a 300 pontos nas notas atribuídas, um terceiro corretor é chamado para avaliar e dar a pontuação final. De acordo com o edital, a nota do candidato será zero se a página estiver em branco, se o texto tiver menos de sete linhas, se a redação fugir do tema proposto ou não estiver escrita à caneta de tinta preta. No caso do estudante de São Paulo a razão para a anulação inicial da nota teria sido fuga ao tema.

Momentos de desconcentração foram registrados após o término do Enem em São Paulo
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Foto: Aloisio Mauricio / Terra
Agência Brasil Agência Brasil
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