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Enem: de vazamento de questões a erro em gabarito, relembre polêmicas

17 set 2012 - 07h45
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A trajetória de 14 anos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está marcada por polêmicas. Desde a criação, a prova já passou por situações como vazamentos de questões, problemas nos Cartões de Identificação e nos gabaritos. Frente a essas falhas, contudo, o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) vêm se esforçando para aprimorar a aplicação do teste. A edição deste ano está marcada para os dias 3 e 4 de novembro.

As falhas do Enem: relembre polêmicas do exame

A primeira grande polêmica ocorre em 2009, ano em que a prova deixa de ser apenas uma avaliação para se tornar instrumento de seleção em instituições de ensino superior. Dois dias antes da data do teste acontece o vazamento de um dos cadernos de questões. Um grupo furtou o material de dentro da gráfica responsável pela impressão e tentou vendê-lo a veículos de comunicação. O caso foi denunciado ao MEC, que adiou a prova. Com isso, muitas universidades desistiram de usar os resultados do exame em seus processos seletivos. No mesmo ano, para piorar a situação, o Inep divulgou o gabarito errado em seu site.

No ano seguinte, os problemas continuaram: dados pessoais de participantes das edições de 2007, 2008 e 2009 do exame puderam ser acessados livremente na internet. Além disso, no primeiro dia de prova do Enem 2010, as primeiras questões eram de Ciências Humanas e as últimas de Ciências da Natureza, mas o gabarito invertia a ordem. A edição também contou com erros na impressão de cadernos de prova e vazamento de redação.

O Enem de 2011 também não ficou livre de falhas, sendo o caso mais grave o vazamento do conteúdo da prova. Estudantes de um colégio particular de Fortaleza (CE) tiveram acesso a questões do exame por meio de uma apostila distribuída pela escola semanas antes da data do exame. Em agosto de 2012, a Justiça aceitou a denúncia contra o professor de física Jahilton José Motta, suspeito de ter desviado e utilizado dois cadernos aplicados no pré-teste do Enem realizado no Colégio Christus, onde lecionava. Ele deve responder pelos crimes de estelionato, utilização e divulgação de material sigiloso, previstos nos artigos 153, 171 e 180 do Código Penal.

Segurança

Para reverter a má fama e aumentar a segurança do exame, o ministério anunciou em agosto que pretende usar lacres eletrônicos nos malotes contendo as provas do Enem de 2012. O método deve permitir que o Inep saiba o momento certo de lacre de cada um dos pacotes, ainda na gráfica, e quando eles foram abertos, no local de aplicação da prova.

Além disso, o Brasil também busca no exterior dicas para aplicar o teste. Em agosto, o Inep se reuniu com autoridades do College Board - associação integrada por 6 mil instituições dos Estados Unidos com o objetivo de ampliar o processo de admissão de estudantes ao ensino superior -, responsável pela aplicação do "Enem americano", o Scholastic Assessment Test (SAT) há mais de 80 anos.

Fonte: Terra
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