A chegada da maioria dos candidatos do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) em Curitiba (PR) foi tranquila no Colégio Estadual Hildebrando de Araújo, no bairro Jardim Botânico. A exceção foi uma candidata, que chorou após chegar atrasada e não conseguir entrar. Não houve tumulto, apesar de um pouco de complicação no trânsito.
Este foi um dos locais de prova em Curitiba, uma das seis cidades no Paraná que terão reaplicação das provas. Além da capital, estão mobilizados os municípios de Ponta Grossa, Pitanga, Goioerê, Guarapuava e Pinhão.
Os candidatos ainda repercutiram a confusão com o Enem neste ano, com problemas as provas de Ciências Humanas e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias. "No dia foi uma super confusão e fiquei sem concentração inclusive para responder as questões que estavam certas. Pelo menos deram a oportunidade de fazer de novo. Era o mínimo que podiam fazer", comenta Gabriela Wassano, de 18 anos.
Para a estudante Jéssica de Sá Moraes, que faz o Enem pelo segundo ano, os problemas afetaram o desempenho de quem fazia a prova. "É uma sacanagem. Já são dois anos com problemas. Primeiro foi o vazamento e depois essa confusão com as questões", afirma.
Muitos candidatos não reforçaram os estudos nesta semana para as provas realizadas hoje. Alguns arranjaram um tempo e se dedicaram na revisão do conteúdo. "Dei uma corrida e conseguir revisar. Eu recebi o aviso no sábado passado e corri para fazer isto", conta Jhennifer Barbosa Dias.
Candidata não consegue entrar A candidata Jéssica Hellen, de 19 anos, chegou cinco minutos depois do fechamento dos portões e não conteve as lágrimas. Moradora do bairro Santa Cândida, em Curitiba, ela teve dificuldades em achar o local da escola. "Eu saí 11h de casa, mas peguei o ônibus no sentido contrário. Eu tive que dar toda a volta", contou, chorando.
A primeira atitude dela foi ligar para a mãe e contar o que aconteceu. Jéssica precisava do Enem para compor a nota do vestibular da Universidade Federal do Paraná, onde tenta uma vaga no curso de Medicina.
No dia 15 de dezembro, também houve choro. Devido a erros de impressão na prova amarela, candidatos do Enem prejudicados refizeram o Enem em dezembro
Foto: Joyce Carvalho / Especial para Terra
A advogada Izabela Amaral Braga conseguiu na 20ª Vara de Justiça Federal em BH que uma cliente sua, a estudante apresentada apenas como Raíssa, realizasse a prova do Enem
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
Advogada sócia de Izabela chega ao local para garantir que Raíssa faça a prova
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
A liminar foi conseguida na terça-feira pela manhã
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
O estudante Greghoy Gusmão chegou, mas só pode fazer cara feia ao ver o portão ser fechado
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
Greghoy insistiu, mas não conseguiu realizar a prova
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
Estudante Lucia Helena Bastos teve problemas, na 1° vez, com a prova amarela
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
O estudante Lucas Leão, 18 anos, também teve problemas com a prova amarela. Ele vai tentar vaga no curso de Engenharia de Minas na UFMG
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
O portão da faculdade Anhaguera, em BH, foi fechado exatamente às 13h
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
No Piauí, o candidato José Antônio Teixeira Neto, 21 anos, foi impedido de fazer as provas
Foto: Yala Sena / Especial para Terra
Neto foi surpreendido com um congestionamento de veículos o que atrasou a sua chegada ao local de provas
Foto: Yala Sena / Especial para Terra
No Piauí, cerca de 350 alunos em Teresina e União, que foram prejudicados por erros na prova amarela, fazem as provas do Enem
Foto: Yala Sena / Especial para Terra
Após o medo de que novos erros acontecessem, a coordenação do exame no Piauí decidiu isolar um andar inteiro do prédio na Faculdade Piauiense, único local de aplicação das provas em Teresina. Segundo os organizadores, o objetivo era evitar fraudes
Foto: Yala Sena / Especial para Terra
A diretora da Faculdade, Virna Lages, informou que o local foi isolado para evitar a comunicação de alunos com a área administrativa
Foto: Yala Sena / Especial para Terra
A reaplicação da prova do Enem atraiu poucos alunos em uma das escolas de Florianópolis, no dia 15 de dezembro
Foto: Fabricio Escandiuzzi / Especial para Terra
Paulo Roberto Morua, 18 anos, afirmou que a nova data prejudicou os estudos de quem pretende prestar o exame da Universidade Federal de Santa Catarina
Foto: Fabricio Escandiuzzi / Especial para Terra
O exame do Enem está sendo refeito em 42 cidades de Santa Catarina
Foto: Fabricio Escandiuzzi / Especial para Terra
A maior parte dos alunos convocados para a nova prova reside na região oeste do Estado
Foto: Fabricio Escandiuzzi / Especial para Terra
Os estudantes foram convocados para a nova prova por telegrama, sistema de mensagem de telefone celular e e-mail
Foto: Fabricio Escandiuzzi / Especial para Terra
A coordenação do local não forneceu maiores informações sobre a quantidade de alunos presentes e tampouco permitiu que a imprensa permanecesse no pátio da escola
Foto: Fabricio Escandiuzzi / Especial para Terra
Pouco antes dos portões serem fechados, muitos dos estudantes disseram estar insatisfeitos com a nova data
Foto: Fabricio Escandiuzzi / Especial para Terra
A jardineira Neusa Marli Laucksen, 51 anos, chegou atrasada a uma escola de Florianópolis e perdeu a prova do Enem por apenas 3 minutos
Foto: Fabricio Escandiuzzi / Especial para Terra
Laucksen saiu de Garopaba, cidade localizada na região sul do Estado, mas acabou ficando presa em um engarrafamento em uma das pontes de acesso à capital catarinense
Foto: Fabricio Escandiuzzi / Especial para Terra
Apesar de perder o Enem, a jardineira disse estar confiante em concorrer a uma das vagas de Ciências Biológicas do vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a partir do próximo final de semana