Em assembleia, professores de SP adiam decisão sobre greve
Em assembleia, professores de SP adiam decisão sobre greve
16 mar2012 - 16h33
(atualizado em 20/3/2012 às 09h43)
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Professores de São Paulo decidiram em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira, junto ao Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista, fazer um novo encontro no dia 20 de abril para definir se a categoria vai entrar em greve. Os educadores preferiram aguardar uma posição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) sobre a jornada extraclasse, que está prevista na lei nacional do piso do magistério.
"Caso o governo não cumpra o calendário de implantação do piso salarial, vamos colocar em votação a realização de greve", disse a presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Noronha. A paralisação de três dias teve adesão de mais de um terço dos professores, segundo a Apeoesp, e de cerca de 5% deles, segundo a secretaria de Educação estadual.
O Estado de São Paulo já cumpre com o piso nacional dos professores - que é de R$ 1.451,00 -, mas os professores e o governo estadual divergem em outro dispositivo da lei nacional, que determina que um terço da jornada seja destinado para atividades extraclasse. O sindicato defende que o tempo de sete aulas seja dedicado a atividades como correção de provas e preparação das aulas. No planejamento atual, esse período é de apenas uma aula.
O conflito de interpretações ocorre porque, segundo a secretaria, cada aula deveria ter 60 minutos, mas, desde janeiro, tem apenas 50 minutos. O governo alega que os dez minutos restantes servem para que os docentes promovam as atividades extraclasse. Entretanto, para o sindicato dos professores, esse período é destinado à mudança de salas de aula e atendimento a alunos.
A manifestação dos educadores teve início no começo da tarde, junto ao estádio do Morumbi, na zona sul da capital. Representantes de diversas cidades do Estado acompanharam o ato, que seguiu até a sede do governo. Procurada após a assembleia, para falar sobre a negociação com os professores, a Secretaria da Educação disse, por meio da assessoria de imprensa, que irá divulgar um nota nas próximas horas.
Paralisação nacional
Em todo o País, os professores organizam um movimento de alerta e devem paralisar as atividades por três dias - desde quarta até esta sexta-feira - para cobrar de governos estaduais e prefeituras o pagamento do piso nacional do magistério, o cumprimento da jornada extraclasse, o investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação, entre outras demandas. A secretária-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Marta Vanelli, acredita que a paralisação possa resultar em greves, conforme as assembleias das categorias nos Estados.
Terra
Com informações da Agência Brasil
Colaboraram com esta notícia os internautas mgambrosio e Fernando Souza, de São Paulo (SP), que participaram do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.
Professores levaram faixas e cartazes para protestar no centro de SP
Foto: Erika Regina Leite / vc repórter
Em São Paulo, a concentração para os protestos aconteceu na rua Líbero Badaró
Foto: Erika Regina Leite / vc repórter
Professores de Curitiba (PR) sairam às ruas nesta quarta-feira para protestar por mais investimento na educação
Foto: Fernando Gonçalves / Futura Press
Cerca de 80% das escolas municipais de Curitiba fecharam as portas no primeiro dia de paralisação, de acordo com o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal
Foto: Fernando Gonçalves / Futura Press
No Rio de Janeiro, pouco mais de 50 professores deixaram a sala de aula para participar do manifesto
Foto: André Naddeo / Terra
O ato dos educadores em Salvador (BA) contou até com banda de música
Foto: Raul Golinelli / Futura Press
Os professores da rede municipal de Salvador e da rede estadual pararam as aulas nesta quarta-feira
Foto: Raul Golinelli / Futura Press
Foto: Terra
Folha de pagamento mostra vencimentos de professora gaúcha aposentada
Foto: Fernando Diniz / Terra
Professores de Porto Alegre expuseram contra-cheques no centro da cidade
Foto: Fernando Diniz / Terra
Cartaz anuncia paralisação no Rio Grande do Sul
Foto: Fernando Diniz / Terra
Professores de Santa Catarina marcharam pelas ruas de Florianópolis nesta quinta-feira
Foto: Fabricio Escandiuzzi / Especial para Terra
A manifestação dos educadores de Santa Catarina faz parte de uma mobilização nacional pelo piso
Foto: Fabricio Escandiuzzi / Especial para Terra
Os professores resolveram dar um prazo de 30 dias para que o governo cumpra com o piso nacional
Foto: Fabricio Escandiuzzi / Especial para Terra
Os educadores também fizeram uma assembleia nesta quinta-feira
Foto: Fabricio Escandiuzzi / Especial para Terra
A Polícia Militar (PM) estimou que 5 mil pessoas acompanharam a manifestação pelas ruas de Florianópolis (SC)
Foto: Fabricio Escandiuzzi / Especial para Terra
Os professores de Santa Catarina cobram o cumprimento do piso nacional de R$ 1.451,00
Foto: Fabricio Escandiuzzi / Especial para Terra
Foto: Fernando Borges / Terra
Apesar de São Paulo já cumprir com o piso nacional, os professores saíram às ruas para protestar
Foto: Fernando Borges / Terra
A mobilização em São Paulo faz parte da paralisação nacional dos trabalhadores em educação
Foto: Fernando Borges / Terra
Os educadores se preparavam para fazer uma assembleia geral em frente ao Palácio Bandeirantes, na capital paulista
Foto: Fernando Borges / Terra
A paralisação nacional de três dias termina nesta sexta-feira
Foto: Fernando Borges / Terra
Além da jornada extraclasse, os educadores de São Paulo cobram o investimento de 10% do PIB na educação
Foto: Fernando Borges / Terra
A polícia acompanhava a manifestação dos professores de São Paulo, que começou em frente ao estádio do Morumbi, na zona sul da capital
Foto: Fernando Borges / Terra
Em protesto nesta tarde, os professores de São Paulo cobram o cumprimento do dispositivo da lei do piso que estabelece um terço da jornada para atividades extraclasse
Foto: Fernando Borges / Terra
Placas do sindicato dos professores tomaram conta da rua na proximidade do estádio do Morumbi
Foto: Fernando Borges / Terra
Os educadores do Estado de São Paulo criticam o excesso de alunos por sala e cobram a valorização da categoria
Foto: Fernando Borges / Terra
Professores entoaram palavras de ordem para cobrar mais investimento no ensino estadual
Foto: Fernando Borges / Terra
A categoria também cobra a reposição salarial
Foto: Fernando Borges / Terra
O sindicato dos professores estima a participação de 10 mil pessoas na marcha desta sexta-feira
Foto: Fernando Borges / Terra
Educadores de diversas cidades do Estado foram até a capital para se unir ao protesto
Foto: Fernando Borges / Terra
Os docentes saíram em marcha até o Palácio Bandeirantes
Foto: Fernando Borges / Terra
Os líderes do movimento exaltaram a luta nacional pela valorização da educação
Foto: Fernando Borges / Terra
Os educadores vão decidir em assembleia se darão continuidade à paralisação na próxima semana
Foto: Fernando Borges / Terra
Após anos de estudo, o educador representa a luta pela valorização da categoria
Foto: Fernando Borges / Terra
Em meio a centenas de educadores que marchavam pelas ruas de São Paulo nesta tarde, um deles chamou a atenção vestindo uma toga
Foto: Fernando Borges / Terra
Os docentes votaram em assembleia realizada junto ao Palácio Bandeirantes
Foto: Fernando Borges / Terra
Os professores de São Paulo decidiram fazer uma assembleia no dia 20 de abril para decidir se entram em greve
Foto: Fernando Borges / Terra
Jovens também se mobilizam a favor dos professores do País
Foto: mgambrosio / vc repórter
Lei nacional determina que um terço da jornada seja destinado para atividades extraclasse
Foto: mgambrosio / vc repórter
Nariz de palhação faz parte do uniforme dos professores que compareceram na manifestação
Foto: mgambrosio / vc repórter
Milhares se juntam a favor dos direitos dos professores
Foto: mgambrosio / vc repórter
Professores cobram do governo estadual a valorização da categoria
Foto: mgambrosio / vc repórter
Com cartazes e gritos de protesto, professores se mobilizam na zona sul de São Paulo
Foto: mgambrosio / vc repórter
Os professores ocuparam as ruas proximas ao Palácio Piratini para protestar pelo cumprimento da lei do piso
Foto: Vinícius Costa / Futura Press
O Rio Grande do Sul paga o pior salário do Brasil aos professores - cerca de R$ 800 de básico para uma jornada de 40 horas semanais
Foto: Vinícius Costa / Futura Press
No terceiro dia de paralisação nacional, professores do Rio Grande do Sul cobraram mais verbas para a educação
Foto: Vinícius Costa / Futura Press
Internauta registra manifestação dos professores em greve, em São Paulo
Foto: Fernando Souza / vc repórter
Polícia Militar de SP acompanhou a manifestação na região do Morumbi
Foto: Fernando Souza / vc repórter
Manifestantes levaram faixas para chamar a atenção das autoridades às reivindicações
Foto: Fernando Souza / vc repórter
Líderes da greve discursam durante protesto organizado na zona sul de SP
Foto: Fernando Souza / vc repórter
Segundo a Secretaria da Educação de São Paulo, apenas 5% dos professores aderiram à paralisação da categoria
Foto: Fernando Souza / vc repórter
Manifestantes protestaram em São Paulo no último dia 16 pelo cumprimento da lei do piso