Educação do Brasil foi a 3ª que mais avançou no mundo, diz pesquisa
24 jul2012 - 14h19
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A educação brasileira foi a terceira que mais melhorou no mundo nos últimos 15 anos, atrás apenas do Chile e da Letônia. O resultado consta em um estudo realizado em 49 países conduzido por pesquisadores das universidades de Stanford e Harvard, nos Estados Unidos, e de Munich, na Alemanha. A pesquisa analisou o desempenho destes países com base em testes internacionais de avaliação, como o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos).
De acordo com os especialistas, a melhora na qualidade do ensino desses países, que apresentavam índices baixos, foi registrada porque eles tiveram mais facilidade de subir no ranking ao usar fórmulas de baixo custo que países desenvolvidos já aplicavam. O desempenho também avançou por conta da redução da pobreza e do aumento da escolaridade dos pais.
Apesar dos avanços, o País ainda tem muito a melhorar. Os resultados do último Pisa, realizado em 2010, não foram nada animadores. Em um ranking de 65 países, o País ocupou a 53º posição em Leitura e Ciências e foi 57º em Matemática.
A média brasileira nessas áreas foi de 401 pontos, bem abaixo da pontuação dos países mais desenvolvidos, que obtiveram, em média, 496 pontos. O resultado deixou o Brasil atrás de México, Uruguai, Jordânia, Tailândia e Trinidad e Tobago.
Recentemente, a pressão dos movimentos sociais pelo aumento da taxa de investimento na educação levou a Câmara aprovar o Plano Nacional de Educação (PNE) com a meta de investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na área. A proposta, em trâmite há 18 meses, foi aprovada por unanimidade e agora segue para o Senado.
O texto explicita que a ampliação dos recursos destinados para educação vai dos atuais 5,1% do PIB para 7%, no prazo de cinco anos, até atingir os 10%, após outros cinco anos, quando termina a vigência do plano. Apesar do forte apelo popular, o governo já se manifestou contra a aprovação da proposta. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já chegou a afirmar que a aprovação da proposta pode "quebrar o Estado brasileiro". No início do mês, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, criticou a proposta durante audiência pública no Congresso. Ele cobrou a definição da fonte de recursos para pagar o investimento adicional contido na proposta.
Porta-objetos que se transformam em prateleira, banquinho ou horta. Mesas que ajudam crianças da educação infantil a estudar a pirâmide alimentar. Veja algumas das inovações criadas por pesquisadores e universitários da área do design para beneficiar o aprendizado de estudantes em sala de aula e auxiliar os professores nos seus trabalhos
Foto: Divulgação
O Ello, por exemplo, é composto por várias placas
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As placas podem ser unidas para formar de prateleiras, ou mesmo um banco para ser disposto na sala de aula
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Todas as novas ideias nasceram a partir de uma pesquisa de campo
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Em visita à Creche Boa Esperança, na vila Orfanatrófio, em Porto Alegre, estudantes do curso de Design da UniRitter ouviram demandas dos pedagogos, analisaram a estrutura do prédio e projetaram novos objetos para as crianças
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O H Concept é uma espécie de placa de madeira que pode ser encaixada em outras unidades para formar banquinhos, mesinhas, prateleiras e até mesmo uma horta
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Seguindo a mesma linha, o Projeto Para busca trabalhar questões nutricionais ao propor uma mesa com chapas cujos adesivos coloridos ensinam conceitos sobre a pirâmide alimentar
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O coordenador da disciplina e diretor do Núcleo de Design e Inovação Social da UniRitter, Daniel Quintana Sperb, diz que os alunos procuraram criar projetos que beneficiassem as crianças no que diz respeito à aprendizagem afetiva, cognitiva e motora
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Segundo Sperb, todos os projetos são voltados à educação infantil e têm baixo custo. Eles criaram mesas com formatos móveis para adaptar-se a diferentes dinâmicas propostas pelo professor
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A matéria-prima vem do estoque excedente de fábricas
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O professor afirma que há duas empresas interessadas em participar do projeto para disponibilizar os produtos no mercado
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Outra turma já está em fase de apresentação de uma nova leva de objetos
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Segundo uma pesquisa da Universidade do Estado de Minas Gerais, as escolas brasileiras não se preocupam com o mobiliário escolar e com a ergonomia de seus móveis. Pesquisadores da instituição propuseram uma mesa em forma de trapézio com espaço para copo e altura para alunos de diferentes idades
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Segundo o coordenador do estudo, Rogério Tobias, as mesas e cadeiras promovem um constrangimento postural. Como saída, foi criada uma cadeira cujo assento de madeira é bipartido, deixando um espaço para evitar dores após muito tempo na mesma posição, além de evitar escorregamentos