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Dilma: educação é o caminho para tornar Brasil um país de classe média

Presidente defendeu que todos os recursos dos royalties sejam investidos em educação, contrariando proposta em votação na Câmara dos Deputados

9 ago 2013 - 13h58
(atualizado em 13/8/2013 às 11h43)
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<p>Dilma Rousseff participou da cerimônia de formatura do Pronatec em Osório, no Rio Grande do Sul</p>
Dilma Rousseff participou da cerimônia de formatura do Pronatec em Osório, no Rio Grande do Sul
Foto: Roberto Stuckert Filho / Divulgação

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira em Osório, no litoral gaúcho, que a prioridade de sua gestão é melhorar a educação no Brasil. "Hoje é um dia para comemorar uma alteração importante: temos governos – municipais, estaduais e federal – claramente comprometidos com o caminho de transformação do Brasil em um País de classe média, que é pela educação", disse a presidente, ao defender que todo o montante de recursos dos royalties do petróleo seja destinado para a área.

A proposta apresentada pela Câmara dos Deputados, e que deve ser votada na próxima semana, prevê que 75% dos recursos sejam para a educação e os 25% restantes fiquem com a saúde. No projeto inicial encaminhado pelo governo, 100% dos recursos seriam destinados para melhorar a educação no Brasil.

Para Dilma, é fundamental que recursos finitos, como os da exploração na camada do pré-sal, sejam transformados em uma riqueza permanente por meio da educação. “Nós vamos usar todos os royalties para financiar a educação no Brasil. Porque pagar a educação não é só fazer prédio. É pagar o professor e manter a estrutura”, disse. No entanto, Dilma não deixou claro se vai pressionar os deputados a mudar o projeto que será votado na semana que vem.

Ao participar da formatura de 400 alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e da inauguração do campus de Osório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), Dilma ainda disse que os royalties do petróleo vão ajudá-la a cumprir com uma das principais metas da sua gestão, que é remunerar bem os professores. "O professor tem que ser bem pago no Brasil. Para melhorar a educação é preciso pagar direito os professores."

Em seu discurso para uma plateia de cerca de 1 mil pessoas que a aplaudiram em pé, a presidente aproveitou para criticar a gestão do tucano Fernando Henrique Cardoso. “Nos primeiros seis meses deste ano, criamos 826 mil novas vagas (de trabalho). No primeiro governo FHC, foram criados menos empregos que nós em seis meses", afirmou, ao ressaltar que o momento histórico é diferente, justamente pelos avanços conquistados nos último anos, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Em meio à chuva e ao frio da "terra dos ventos", como é conhecida a cidade de Osório por causa do parque eólico, Dilma também afirmou que a riqueza do País não se mede mais apenas pelos dados do Produto Interno Bruto (PIB), mas também pelos benefícios sociais à população. "Queremos um País que, quando cresce, mostre que a população melhorou de vida. O sinônimo de crescimento não é uma medida econômica, que cresceu fisicamente o PIB, não é isso. Tem de crescer a qualidade de vida da população, tem de melhorar os serviços públicos para que haja também melhoria na renda, no emprego", afirmou.

Ela ainda aproveitou para comemorar a queda da inflação no mês de julho – que atingiu o menor patamar em três anos, com 0,03%. “A cesta básica em Porto Alegre teve queda de 7%. Isso mostra a redução e o controle da inflação no Brasil", garantiu Dilma, em um discurso recheado de elogios às ações do governo federal. A visita ao Rio Grande do Sul faz parte de um agenda positiva, que já contou com eventos em São Paulo e Minas Gerais, para inaugurar obras e anunciar investimentos após a onda de propostas que resultou em queda na sua popularidade.

Formação profissional

Após a formatura de alunos do Pronatec, em cursos de formação para manicures, recepcionistas, padeiros e construção civil, a presidente elogiou a política iniciada há dois anos e meio de concessão de bolsas para cursos técnicos e profissionalizantes. “Fizemos grande empenho para garantir a qualidade do ensino profissional no Brasil, compatível com as necessidades do mercado de trabalho. Tenho orgulho de ter 4 milhões de vagas no Pronatec em dois anos e meio”, afirmou.

"Temos sempre de aumentar a produtividade da economia. Profissional melhor formado atende melhor à população, mas também produz mais valor, tem salário melhor e colabora para crescimento do Brasil”, completou a presidente, ao elogiar a estrutura do Instituto de Educação, inaugurado com a presença de prefeitos, deputados e dos ministros da Educação, Aloizio Mercadante, de Direitos Humanos, Maria do Rosário, e do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.

Novo campus do Instituto Federal

Em funcionamento desde fevereiro de 2013, o novo campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRS) de Osório atende a 380 alunos do litoral norte gaúcho com cursos técnicos em administração, informática, turismo e superior de tecnologia. A instituição já funcionava desde 2010, com 150 alunos, em uma área cedida pela prefeitura. 

O novo prédio, com 3 mil metros quadrados de construção, teve investimento de R$ 3,6 milhões por parte do Ministério da Educação. Uma nova etapa de obras está em andamento, e a estrutura abrigará salas de artes e refeitório. Com sede em Bento Gonçalves, o IFRS possui outros 11 campi implantados e quatro em fase de instalação – nas cidades de Alvorada, Viamão, Vacaria e Rolante.

Foto: Terra

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Fonte: Terra
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