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Dilma e Fortunati viram alvo em protesto de médicos em Porto Alegre

16 jul 2013 - 17h53
(atualizado às 18h40)
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Em Porto Alegre, médicos caminharam pelas ruas do centro em direção à prefeitura
Em Porto Alegre, médicos caminharam pelas ruas do centro em direção à prefeitura
Foto: Daniel Boucinha / Futura Press

Cerca de 400 médicos marcharam pelas ruas de Porto Alegre (RS) nesta terça-feira em um ato que reuniu três maiores entidades médicas do Estado - Associação Médica (Amrigs), Conselho de Medicina (Cremers) e Sindicato Médico (Simers). Eles partiram do hospital Beneficiência Portuguesa em direção à prefeitura da capital, gritando palavras de ordem.

Além de criticar a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que na semana passada lançaram o programa Mais Médicos, a categoria aproveitou para criticar o prefeito da capital, José Fortunati. Como presidente da Frente Nacional de Prefeitos, ele foi um dos maiores incentivadores da proposta de atração de médicos estrangeiros para trabalhar nas periferias das grandes cidades e comunidades interioranas.

Cinco representantes das entidades médicas se reuniram com o vice-prefeito, Sebastião Melo. De acordo com um dos diretores da Amrigs, Jorge Guimarães, cada entidade tem suas reivindicações, mas a associação médica tem desenvolvido estudos sobre a estrutura de trabalho. "Nos últimos 30 anos, vários hospitais de Porto Alegre foram fechados", disse ele, referindo-se a principal reivindicação da manifestação, que é melhor estrutura de trabalho.

"Os médicos viraram bode expiatório do governo na questão da falta de profissionais. Os médicos estrangeiros são bem-vindos desde que passem por exames que avaliem a capacidade, como o Revalida", emendou.

"Não temos nada contra médicos brasileiros, mas, na falta deles, os estrangeiros são bem vindos", diz o vice-prefeito. "Queremos contratar brasileiros, mas Porto Alegre, por exemplo, sofre com a falta de, pelo menos, 52 médicos que não conseguimos contratar, principalmente na periferia", conta Melo, afirmando que novas unidades de pronta-atendimento (UPAs) chegam a ser inauguradas com seis meses de atraso por causa da falta desses profissionais.

Pelo menos outras 12 capitais contavam com atos marcados para esta terça-feira, mas as entidades médicas garantiram que o atendimento à população não seria prejudicado.

Fonte: Terra
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