12 de novembro - Após 42 dias ocupada por estudantes, a reitoria da Universidade de São Paulo (USP) foi liberada na manhã desta terça, após a Tropa de Choque cumprir reintegração de posse determinada pela Justiça. Durante a invasão, o prédio teve salas vandalizadas e pichadas, equipamentos danificados e sujeira acumulada. Frases de protesto marcaram as paredes do local, feitas por alunos insatisfeitos com a forma como reitor e vice-reitor da instituição são escolhidos. Na imagem, a copa do edifício
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - Camisinhas e guimbas de cigarro foram jogadas no chão do prédio da reitoria
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - Na sala onde lixo ficou jogado no chão, inscrições nas paredes, pichação e destruição são visíveis
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - Mesas foram reviradas, equipamentos ficaram danificados e extintores foram amontoados na reitoria da USP. Em meio ao cenário, figuram cartazes com mensagens sociais e também de cunho sexual
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - Policiais e funcionários encontraram revistas eróticas espalhadas em uma das mesas
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - Cartazes e faixas foram afixados nas paredes do prédio, que também foram alvo de pichações
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - Tinta foi usada para manchar parede e pintar equipamento de água
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - "Com DCE não se pode brincar", diz uma das inscrições no prédio da reitoria
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - Estudantes cercaram pelo símbolo de um coração as palavras "Choque e DCE". A Tropa de Choque da Polícia Militar cumpriu na madrugada desta terça-feira a reintegração de posse da reitoria da Universidade de São Paulo
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - Lixo ficou espalhado pelo chão e material da reitoria foi desorganizado
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - Até o chão foi manchado por estudantes que ocupavam o local desde o dia 1º de outubro
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - A chegada da Polícia Militar abriu caminho para a realização de perícia no prédio da reitoria
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - Um busto foi vandalizado. Ao redor, mensagens sexuais e símbolos comunistas
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - Um vaso sanitário sujo ficou inutilizável; em frente à porta, uma mensagem: "inte(r)ditado
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - A operação para devolver a posse da reitoria à USP teve início por volta das 5h30
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - O símbolo do anarquismo aparece entre frases de efeito, desenhos de órgãos sexuais e mensagens políticas
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - Porta de uma dos estúdios de rádio da USP ficou com um rombo
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - Além do buraco, parte da parede foi danificada durante a invasão da reitoria
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - Mensagens anarquistas aparecem entre versos de João Cabral de Melo Neto em homenagem a Carlos Drummond de Andrade
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - Sala foi revirada e se tornou um dos locais mais pichados pelos estudantes grevistas
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - Mesmo em salas onde houve poucos danos, as inscrições na parede se fizeram presentes
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - Processos e contratos da Universidade de São Paulo foram atirados no chão
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - Policiais fizeram uma vistoria no local depois que a reintegração foi garantida pela Tropa de Choque
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - Mais símbolos do anarquismo figuram nas paredes do prédio ocupado por 42 dias. Pichador mencionou o teórico do anarquismo russo Mikhail Bakunin
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - Nem mesmo uma placa afixada ao teto escapou do vandalismo. Em meio às críticas ao capitalismo, a partidos políticos e à USP, aparecem também a insatisfação com o DCE, que comandou a greve
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - Sala do reitor teve itens danificados com tintas
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - Retratos na mesa do reitor também sofreram danos durante a invasão
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - Críticas ao atual reitor, João Grandino Rodas, ocupam paredes de parte da reitoria
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - Com a reintegração de posse, seguranças voltaram a trabalhar no prédio
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - A entrada do prédio na reitoria, localizada no campus da Cidade Universitária, no bairro do Butantã, na zona oeste de São Paulo, foi liberada
Foto: Bruno Santos / Terra
12 de novembro - Reintegração de posse realizada durante a madrugada foi pacífica: não houve confronto entre PM e alunos
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
12 de novembro - Apesar de não terem sido registrados confrontos, duas pessoas foram detidas no campus da Cidade Universitária
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
7 de novembro - Alunos da Universidade de São Paulo (USP) decidiram adiar para semana que vem a votação que vai discutir a desocupação da reitoria da instituição. Em assembleia, 269 alunos optaram por não discutir a desocupação por enquanto, enquanto 234 queriam que a pauta fosse votada
Foto: Vagner Magalhães / Terra
7 de novembro - Alunos da Universidade de São Paulo (USP) decidiram adiar para semana que vem a votação que vai discutir a desocupação da reitoria da instituição. Em assembleia, 269 alunos optaram por não discutir a desocupação por enquanto, enquanto 234 queriam que a pauta fosse votada
Foto: Vagner Magalhães / Terra
7 de novembro - Alunos da Universidade de São Paulo (USP) decidiram adiar para semana que vem a votação que vai discutir a desocupação da reitoria da instituição. Em assembleia, 269 alunos optaram por não discutir a desocupação por enquanto, enquanto 234 queriam que a pauta fosse votada
Foto: Vagner Magalhães / Terra
7 de novembro - Alunos da Universidade de São Paulo (USP) decidiram adiar para semana que vem a votação que vai discutir a desocupação da reitoria da instituição. Em assembleia, 269 alunos optaram por não discutir a desocupação por enquanto, enquanto 234 queriam que a pauta fosse votada
Foto: Vagner Magalhães / Terra
7 de novembro - Alunos da Universidade de São Paulo (USP) decidiram adiar para semana que vem a votação que vai discutir a desocupação da reitoria da instituição. Em assembleia, 269 alunos optaram por não discutir a desocupação por enquanto, enquanto 234 queriam que a pauta fosse votada
Foto: Vagner Magalhães / Terra
7 de novembro - Alunos da Universidade de São Paulo (USP) decidiram adiar para semana que vem a votação que vai discutir a desocupação da reitoria da instituição. Em assembleia, 269 alunos optaram por não discutir a desocupação por enquanto, enquanto 234 queriam que a pauta fosse votada
Foto: Vagner Magalhães / Terra
6 de novembro - Oficial de Justiça entrega notificação para reintegração de posse da reitoria da USP a representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE)
Foto: Alex Falcão / Futura Press
6 de novembro - Pedro Serrano, do DCE da USP, afirmou que a universidade se comprometeu a negociar com os estudantes
Foto: Vagner Magalhães / Terra
5 de novembro - Reitoria da USP está ocupada por estudantes desde o dia 1º de outubro. Nesta terça-feira o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu pela reintegração de posse
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
5 de novembro - Ainda que a força policial não seja acionada - ação que pode ser tomada pela reitoria para cumprir a ordem judicial -, os estudantes planejam aceitar um eventual termo de acordo e negociar a saída do prédio
Foto: Tiago Tufano / Terra
5 de novembro - Em greve por eleições diretas para reitor da universidade, o DCE declarou "repúdio" à resolução judicial e promete resistir à "truculência e autoritarismo" da reitoria e do governo do Estado
Foto: Tiago Tufano / Terra
5 de novembro - Os estudantes devem desocupar pacificamente o prédio caso a polícia seja acionada para retirá-los
Foto: Tiago Tufano / Terra
5 de novembro - A ocupação da reitoria da Universidade de São Paulo foi feita no dia 1º de outubro como forma de protesto pelo modelo de escolha do reitor da universidade
Foto: Tiago Tufano / Terra
18 de outubro - Alunos da Universidade de São Paulo (USP) bloquearam na manhã desta sexta-feira a entrada do campus da universidade, na capital paulista
Foto: Bruno Santos / Terra
18 de outubro - Com cartazes e faixas em frente ao portão principal da Cidade Universitária, eles pediam negociação com o reitor, João Grandino Rodas
Foto: Bruno Santos / Terra
18 de outubro - Um dos pontos mais criticados por alunos e funcionários é a lista tríplice, sistema pelo qual os nomes dos três candidatos mais votados são enviados ao governador do Estado, que decide quem será o reitor
Foto: Bruno Santos / Terra
18 de outubro - O trânsito no local foi liberado às 11h, como prometido pelos estudantes, após uma manifestação pacífica
Foto: Bruno Santos / Terra
18 de outubro - Com cartazes e faixas em frente ao portão principal da Cidade Universitária, eles pedem negociação com o reitor, João Grandino Rodas - que, acusado de falta de diálogo com estudantes, na quarta-feira faltou a uma audiência sobre a ocupação da reitoria da instituição
Foto: Bruno Santos / Terra
18 de outubro - Estudantes bloqueiam entrada de campus em protesto na USP
Foto: Bruno Santos / Terra
18 de outubro - Estudantes tentam impedir carro de furar o bloqueio na entrada da USP
Foto: Bruno Santos / Terra
18 de outubro - Estudantes tentam impedir carro de furar o bloqueio na entrada da USP
Foto: Bruno Santos / Terra
18 de outubro - Estudantes tentam impedir carro de furar o bloqueio na entrada da USP
Foto: Bruno Santos / Terra
18 de outubro - Estudantes tentam impedir carro de furar o bloqueio na entrada da USP
Foto: Bruno Santos / Terra
18 de outubro - Estudantes tentam impedir carro de furar o bloqueio na entrada da USP
Foto: Bruno Santos / Terra
15 de outubro - No dia do Professor, alunos e docentes da USP percorreram a avenida Faria Lima com destino ao Palácio dos Bandeirantes; a marcha saiu do Largo da Batata
Foto: João Geraldo / vc repórter
11 de outubro - Eleições diretas para reitor é a principal reivindicação dos alunos da USP que ocupam a reitoria desde o dia 1º de outubro
Foto: Bruno Santos / Terra
11 de outubro - Os alunos fecharam uma das entradas da Cidade Universitária e fizeram caminhada até a reitoria
Foto: Bruno Santos / Terra
11 de outubro - Alunos decidiram fazer um 'cadeiraço' impedindo o acesso às salas dos cursos da USP
Foto: Bruno Santos / Terra
11 de outubro - No prédio da letras, os corredores que dão acesso à salas ficaram repletos de cadeiras
Foto: Bruno Santos / Terra
11 de outubro - Os estudantes da USP estão em greve e ainda não chegaram a um acordo com a reitoria
Foto: Bruno Santos / Terra
11 de outubro - Mural mostra as atividades programadas durante a paralisação dos estudantes
Foto: Bruno Santos / Terra
9 de outubro - Estudantes da USP ocupam prédio da reitoria da USP reivindicando eleição direta para reitor
Foto: Luiz Claudio Barbosa / Futura Press
8 de outubro - Estudantes se mobilizavam em frente à 12ª Vara da Justiça paulista, onde acontecia audiência de conciliação entre a reitoria da USP e os alunos
Foto: Vagner Magalhães / Terra
8 de outubro - Como não houve acordo na audiência, a ocupação foi mantida
Foto: Vagner Magalhães / Terra
8 de outubro - Os alunos afirmam que falta disposição da universidade em negociar com o DCE
Foto: Vagner Magalhães / Terra
8 de outubro - A Justiça vai decidir, em 48 horas, sobre a reintegração de posse da reitoria
Foto: Vagner Magalhães / Terra
3 de outubro - Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) ocupam o prédio da Reitoria. O objetivo da ocupação é pressionar pela aprovação da eleição direta para os cargos de reitor e de vice-reitor
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
3 de outubro - Grupo de estudantes ocupou a reitoria da USP durante reunião de conselho que discutia a eleição para reitor
Foto: Tiago Tufano / Terra
3 de outubro - No local são encontrados apenas algumas paredes pichadas e uma bandeira do Brasil queimada pendurada na porta do prédio. Alguns estudantes circulam pelo local com rostos cobertos e conversando sobre a ocupação
Foto: Tiago Tufano / Terra
3 de outubro - Os alunos cobram eleições diretas para reitor e mais espaço para discussões dentro da universidade
Foto: Thiago Tufano / Terra
3 de outubro - Bandeira do Brasil foi queimada pelos estudantes após a ocupação
Foto: Thiago Tufano / Terra
Compartilhar
Publicidade
Os estudantes da Universidade de São Paulo (USP) que ocupam a reitoria há mais de um mês devem desocupar pacificamente o prédio caso a polícia seja acionada para retirá-los, após decisão judicial que determinou a reintegração de posse imediata do local. De acordo com a diretora do Diretório Central dos Estudantes (DCE), a saída dos alunos deve acontecer até a noite desta quarta-feira sem incidentes, porém com mobilizações e protestos. Em greve por eleições diretas para reitor da universidade, o DCE declarou "repúdio" à resolução judicial e promete resistir à "truculência e autoritarismo" da reitoria e do governo do Estado.
"A tendência é que o movimento seja pacífico. Se tivermos que responder, vamos responder à altura do que diz o fato, mas com mobilizações dos cursos, com protesto, não com violência", afirmoua estudante de Letras Luisa D'Avola, diretora do DCE. "A gente foi pego de surpresa e rechaça qualquer decisão da reitoria de resolver a negociação com conflitos e a presença da PM (Polícia Militar)", garantiu ela.
Em nota, o DCE considerou que a decisão da Justiça não deverá ser concretizada e ressaltou o andamento das negociações entre estudantes e a administração da universidade. "Os advogados do DCE irão comunicar a Justiça da atual situação de negociação, solicitando nova audiência de conciliação entre reitoria e estudantes, negando a reintegração de posse", disseram os estudantes em nota publicada no site do grupo.
Ainda que a força policial não seja acionada - ação que pode ser tomada pela reitoria para cumprir a ordem judicial -, os estudantes planejam aceitar um eventual termo de acordo e negociar a saída do prédio. Ainda assim, o DCE garante que "os estudantes não titubearão em resistir ao que será mais uma demonstração de truculência e autoritarismo por parte da reitoria e do governo do Estado". Uma assembleia geral será realizada na quarta-feira para decidir se haverá consenso quanto ao fim da ocupação e da greve.
O diretor do DCE Pedro Serrano afirmou que um acordo foi firmado com a reitoria da universidade no último dia 31 e que neste termo há algumas "vitórias" dos estudantes, entre eles o compromisso da convocação de um processo de estatuinte democrático pela universidade, com a realização de um congresso para pautar esse processo com liberação das aulas e atividade de trabalho.
"Conseguimos uma série de conquistas que vão mudar a vida de muitos estudantes. Blocos que vão ser transformados em moradia estudantil, bolsas reajustadas anualmente, espaço de vivência do DCE devolvido à entidade, etc. Mesmo com o fim da greve vai haver uma mesa permanente de discussão entre USP e estudantes, além do comprimisso de que não haja cancelamento de semestre letivo, mas a reposição das aulas. São várias conquistas e tivemos uma vitória politica sólida", afirmou Pedro.
O diretor do DCE não acredita em violência policial, já que as negociações estão sendo feitas de maneira pacífica. "Se for usada força policial vai ser o maior escândalo da história da USP, um golpe da parte da reitoria e do governo do Estado. Acreditamos que isso não será levado a cabo", disse.
Ocupação na reitoria
A ocupação da reitoria da Universidade de São Paulo foi feita no dia 1º de outubro como forma de protesto pelo modelo de escolha do reitor da universidade. Um dos pontos mais criticados por alunos e funcionários é a lista tríplice, sistema pelo qual os nomes dos três candidatos mais votados são enviados ao governador do Estado, que decide quem será o reitor. Os alunos também cobram paridade entre eleitores na escolha do reitor. Atualmente, o pleito ocorre por meio de colégios eleitorais - representados majoritariamente por professores titulares.
Eles ainda criticam a presença da Polícia Militar dentro do campus da universidade e exigem que a segurança dos alunos seja feita por uma guarda comunitária.
Após a USP entrar com um pedido de reintegração de posse do prédio, a Justiça determinou a realização de uma audiência de conciliação entre alunos, funcionários, professores e representantes da universidade na semana passada. Como não houve acordo, foi estabelecido em 15 de outubro um prazo de 60 dias para que a reitoria e os manifestantes estabelecessem diálogo. A USP solicitou a antecipação desse prazo, e no dia 4 de novembro o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu pela reintegração de posse imediata da reitoria.