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Cotas: Unesp adia para 2018 meta de 50% dos alunos da rede pública

A Unesp é a única universidade estadual de SP a confirmar a adoção das cotas. Meta, que seria alcançada em três anos, foi ampliada para cinco anos

20 ago 2013 - 17h04
(atualizado às 17h09)
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A Universidade Estadual Paulista (Unesp) confirmou, em última instância, a reserva de 50% das vagas para alunos que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas, sendo que 35% desse percentual será para negros e indígenas. A decisão foi tomada em reunião do Conselho Universitário no dia 15 de agosto e começa a valer a partir do vestibular de 2014.

O conselho, contudo, fez uma modificação na proposta que havia sido discutida em abril, no que se refere aos prazos para atingir a meta. O percentual de 50% de alunos cotistas, que deveria ser atingido em três anos, foi ampliado para cinco anos, de forma gradual: 15% em 2014, 25% em 2015, 35% em 2016, 45% em 2017, 50% em 2018.

A Unesp segue modelo adotado nas universidades federais do País, que entrou em vigor em outubro do ano passado após sanção da presidente Dilma Rouseff. As outras duas universidades estaduais de São Paulo – USP e Unicamp – ainda resistem em adotar um sistema de cotas.

Na segunda-feira, a Unicamp anunciou a ampliação do bônus para alunos de escolas públicas no seu vestibular – que passou de 30 para 60 pontos. Estudantes da rede públcia que se autodeclararem pretos, pardos ou indígenas receberão mais 20 pontos (antes o bônus era de 10 pontos).

Já a USP aprovou em julho a criação de um bônus que pode elevar a nota em até 5% - a depender do resultado obtido na prova - para os vestibulandos que se declararem pretos, pardos ou indígenas e tenham cursado integralmente o ensino básico em escolas públicas. A universidade também aumentou de 8% para 12% a bonificação na nota dos alunos que tenham cursado o ensino médio em escola pública.

No final do ano passado, o governado Geraldo Alckmin, em parceria com os reitores das universidades estaduais, apresentou uma proposta para a adoção de cotas. Pela iniciativa, os alunos de escolas públicas fariam uma espécie de college, um cursos semipresencial de dois anos, antes de entrar na universidade. No entanto, a proposta foi criticada por especialistas e rejeitada pelas três instituições.

Fonte: Terra
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