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Coordenador-geral do Enade avalia desenvolvimento do exame

8 nov 2009 - 20h06
(atualizado às 20h28)
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Mais de um milhão de estudantes brasileiros estiveram inscritos para realizar o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) neste domingo. A prova avalia a formação dos universitários em relação a conhecimentos gerais e, principalmente, específicos dos seus cursos.

Aplicado desde 2004, o Enade já foi alvo de críticas da União Nacional dos Estudantes (UNE), que, em algumas ocasiões, aconselhou os estudantes a não realizar a prova. Responsável pelo exame, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) vem tentando tornar a avaliação mais abrangente através de uma metodologia censitária e da inclusão de cursos superior de tecnologia.

O coordenador-geral do Enade, Webster Spiguel Cassiano, respondeu ao Terra algumas questões sobre o atual momento do Enade.

Quais são as principais novidades do Enade 2009?

Podemos destacar duas principais novidades. Primeiramente, o Exame este ano foi realizado de forma censitária, não havendo procedimentos amostrais. Outra novidade em 2009 foi o aumento dos percentuais para habilitação ao Exame de estudante de cursos superiores de tecnologia com carga horária de até 2.000 horas. Nesse caso, os percentuais passam para 7% a 25% para estudantes ingressantes e o mínimo de 75% para concluintes.

Por que essa mudança é importante?

Com os percentuais anteriores, muitos cursos superiores de tecnologia não teriam estudantes na condição de ingressantes ou na condição de concluintes. A alteração, portanto, busca aumentar o espectro de estudantes avaliados adequadamente pelo ENADE, concorrendo para maior qualidade da avaliação do desempenho dos estudantes e dos resultados produzidos - uma demanda das próprias instituições de educação superior.

Algo de novo está previsto para 2010?

Inicialmente, a definição pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes) de novos cursos a serem incluídos em 2010, que é quem, ano a ano, define o cursos avaliados.

Quanto custa o Enade?

Neste ano, o custo ficou em torno de R$ 30 milhões.

Qual é a importância se de avaliar alunos ingressantes? A sua capacidade não estaria já comprovada através do vestibular?

O intuito de se avaliar o ingressante (e também o concluinte) é poder calcular a contribuição que a instituição agrega ao seu estudante em dois momentos distintos de sua formação acadêmica.

Na avaliação do Inep, o Enade é valorizado pelos estudantes?

A participação crescente a cada ano no Enade aponta para uma maior conscientização dos alunos em relação a sua participação no Exame e a valorização dessa dimensão de avaliação no âmbito do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), que avalia ainda instituições e cursos.

Como as universidades e faculdades aproveitam os resultados do Enade?

Espera-se que as informações que são geradas a partir do Enade podem ser usadas pelas instituições de educação superior para, por exemplo, analisar o comportamento/desempenho de seus estudantes frente às questões pedagógicas e reorientar seus projetos pedagógicos - se for o caso.

Fonte: Redação Terra
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