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Conselho avalia como avanço estudantes de medicina no SUS

10 jul 2013 - 22h27
(atualizado às 22h29)
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O presidente do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Antônio Carlos Figueiredo Nardi, disse, nesta quarta-feira, que o envio às cidades carentes de estudantes de medicina não resolverá o problema dos atendimentos nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), mas representa um avanço neste sentido. Ele participa, na capital federal, do 29º Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde que debate os problemas e possíveis soluções para a saúde pública.

Na segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff lançou o Programa Mais Médicos. Ele prevê a contratação de profissionais brasileiros e estrangeiros (no caso de vagas ainda sobrarem após a convocação dos brasileiros) para atuarem em municípios carentes do País, locais já selecionados pelo Ministério da Saúde. O programa estabelece, também, que a partir de 2015, os médicos terão que realizar dois anos de treinamento em instituições de saúde pública, após os seis anos de ensino acadêmico. "O médico em treinamento ficará dois anos na atenção básica, na medicina da família, na urgência e emergência, ligado à instituição formadora", explicou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

O presidente do Conasems, no entanto, ressaltou que o programa "pode não resolver todo o problema da saúde pública do Brasil, porque há muito mais a fazer do que só colocar médicos nas unidades básicas de saúde, mas (o programa) é um dos encaminhamentos para o avanço, para a solução e a melhoria do acesso da população usuária do Sistema Único de Saúde (SUS)".

Segundo Nardi, a maior reclamação da população é a falta de médicos nas unidades básicas. "A população hoje reclama pela falta de médicos para atender no SUS e reclama com razão, e esse programa vai dar oportunidades aos médicos e estudantes de medicina atuarem no Brasil, de Norte à Sul". Para ele a prioridade da saúde é a contratação de médicos mas, também, é preciso adequar as unidades de saúde.

"Se trata de um programa de melhorias, de qualidade, de construir unidades básicas com equipamento, condições humanas de trabalho e condições de exercício profissional em todo o país, em cidades grandes mas, também, em municípios pequenos", frisou o presidente do conselho.

A Agência Brasil entrevistou, também, alguns secretários municipais de Sáude. A secretária de Passo de Camaragibe (AL), Janaína Malta, disse que é a favor do projeto. "O maior questionamento é que os profissionais não têm vivência na rede SUS. Quando eles se formam eles querem abrir seu consultório, então eu sou a favor de os estudantes aprenderem a trabalhar com a população carente". O município tem uma população de 14.763 habitantes e está distante 53,71 quilômetros da capital Maceió.

Para o secretário de saúde de Horizonte (CE), Josete Malheiro Tavares, a iniciativa do governo federal vai fortalecer a construção do SUS, principalmente no interior do Nordeste e do Norte. "Vejo isso como uma estratégia importante, embora não seja uma solução para o problema". Horizonte está distante 43,56 quilômetros de Fortaleza (CE).

Josete Malheiro acrescentou que todas as categorias que trabalham em unidades de saúde merecem atenção. "Como uma perspectiva para os próximos anos, o projeto vai impactar de forma positiva, na prestação de saúde", disse.

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/iframe-mais-medicos/index.htm" href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/iframe-mais-medicos/index.htm">veja o infográfico</a>
Agência Brasil Agência Brasil
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