Comissão rejeita gratuidade da educação pública no Chile
28 mar2012 - 15h04
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A comissão formada por 12 especialistas que o governo chileno convocou no ano passado rechaçou a principal reivindicação do movimento estudantil pela gratuidade da educação pública. O texto foi entregue no fim de fevereiro ao ministro da Educação Harald Beyer, que até 29 de dezembro, quando assumiu a pasta, era integrante do painel de especialistas, liderado pelo professor de engenharia da Universidade Católica Ricardo Paredes. As informações são da Agência Ansa.
O estudo calculou em US$ 3,8 bilhões (cerca de R$ 6,9 bilhões) o custo da reforma educacional do governo, ao propor uma melhora do sistema de bolsas e créditos, incluindo universidades públicas e privadas, explicou o doutor em economia da Universidade de Chicago Erick Haindl, membro da comissão, em entrevista à rádio Cooperativa.
"Em geral, estudou-se bastante a fundo o tema da gratuidade e houve unanimidade em descartá-la como algo que era ineficiente e inequitativo", disse Haindl.
O vice-presidente do Conselho de Reitores, Juan Manuel Zolezzi, que desde o início criticou a idoneidade da comissão, considerou "um pouco leviana a análise". Reitor da Universidade de Santiago, ele disse que, apesar de não ser "partidário da gratuidade absoluta", ela deveria atingir, pelo menos, 70% dos estudantes mais pobres.
Camila Vallejo chega para a conversa com estudantes alemães na Universidade Ludwig Maximiliam, de Munique
Foto: Luciano Alarcón / Especial para Terra
Líder estudantil viaja pela Europa acompanhada de outros personagens do movimento pela educação no país sul-americano
Foto: Luciano Alarcón / Especial para Terra
Camila foi considerada personalidade do ano de 2011 pelo jornal inglês The Guardian
Foto: Luciano Alarcón / Especial para Terra
Entre os acompanhantes de Camila está o dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Chile Jorge Murúa (à direita)
Foto: Luciano Alarcón / Especial para Terra
Na Europa, Camila visitaria Alemanha, Suécia, Suíça e Itália
Foto: Luciano Alarcón / Especial para Terra
Secretária-geral da Juventude Comunista do Chile, Karol Cariola (à esquerda) também acompanha Camila na Europa
Foto: Luciano Alarcón / Especial para Terra
Estudantes acompanham o discurso dos chilenos em Munique
Foto: Luciano Alarcón / Especial para Terra
O movimento luta, entre outras coisas, por uma educação superior gratuita e de qualidade
Foto: Luciano Alarcón / Especial para Terra
Estudantes interessados em fazer parte do movimento puderam preencher ficha durante a palestra em Munique
Foto: Luciano Alarcón / Especial para Terra
Dia 9 de fevereiro Camila e Karol devem conceder entrevista coletiva na sede da ONU na Suíça