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Cidades submarinas? Como será a vida dentro de 100 anos

21 fev 2016 - 12h03
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Para especialistas, o fundo dos oceanos será um bom lugar para construir "cidades-bolhas"
Para especialistas, o fundo dos oceanos será um bom lugar para construir "cidades-bolhas"
Foto: Samsung/BBC Brasil

Um grupo de arquitetos e cientistas sugere que a vida nas cidades daqui a cem anos pode envolver drones que carregam uma casa inteira, alimentos que podem ser "impressos" em casa, cidades submarinas e prédios gigantes e subterrâneos.

A equipe é formada por aquitetos da companhia SmartThings, que pertence à gigante de tecnologia Samsung, e professores da Universidade de Westminster, na Grã-Bretanha. E as previsões estão no relatório SmartThings Future Living Report.

De acordo com as previsões do relatório, em 2116 as pessoas poderão viver em "cidades-bolhas" submarinas, no fundo dos oceanos.

Nestas cidades no fundo do mar, haverá tecnologias de construção rápida e aviões não tripulados, segundo os cientistas.

"Vamos procurar melhores lugares para construir e fazer no fundo do mar faz muito sentido", disse à BBC Maggie Aderin-Pocock, cientista espacial e uma das autoras do estudo.

Aderin-Pocock explicou à BBC que viver nestas cidades no fundo do mar "será como viver em torres submarinas, cercadas de água".

Vida subterrânea

Cientistas afirmam que os arranhas-céus crescerão para cima e para baixo da terra
Cientistas afirmam que os arranhas-céus crescerão para cima e para baixo da terra
Foto: Samsung/BBC Brasil

No relatório, os especialistas também explicam como em apenas cem anos os arranha-céus poderão também ser construídos para baixo, avançando embaixo da terra com 25 andares ou mais no subsolo.

Aderin-Pocock afirmou que "necessitaremos de novos espaços para viver à medida que as cidades crescem".

A tecnologia de hologramas também terá avanços e as reuniões virtuais ficarão cada vez mais comuns.

Outra conclusão dos pesquisadores é que os drones vão se transformar em um novo meio de transporte. Na verdade, estas aeronaves serão utilizadas para carregar casas inteiras pelo mundo, o que os cientistas chamaram de "mulas" futuristas.

"Viajaremos pelo céu com nossos próprios drones pessoais e alguns serão tão potentes que poderão transportar casas inteiras pelo mundo todo quando sairmos de férias", afirmou a cientista britânica à BBC.

O relatório também prevê grandes avanços no uso de impressoras 3D. O progresso será tão grande que as pessoas não apenas vão fabricar objetos em casa, como móveis, por exemplo, mas também residências inteiras e até alimentos, que poderão ser "baixados" da internet em questão de segundos.

"Parece ficção científica, mas é algo que, de fato, está acontecendo agora", disse Aderin-Pococok.

"Recentemente houve uma exposição na China na qual foram construídas dez casas de um quarto cada uma em 24 horas usando apenas concreto e impressoras 3D", acrescentou.

Drones ganharão tamanho, potência e autonomia até para carregar uma casa inteira
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Foto: Samsung/BBC Brasil

A cientista afirmou que a ideia, em relação a alimentos impressos, é que os usuários possam escolher os pratos dos melhores chefs e imprimir os alimentos em casa de acordo com sua dieta ou interesse.

"A revolução dos smart phones já marcou o começo da revolução da casa inteligente, que terá implicações muito positivas em nossa forma de viver", disse o responsável pela SmartThings na Grã-Bretanha, James Monighan.

Medicina e espaço

O relatório faz previsões tanto para a saúde individual como para viagens e colonização interplanetária.

Por exemplo: daqui a cem anos as pessoas poderão ter em casa dispositivos que confirmarão se elas estão mesmo doentes e fornecerão remédios ou entrarão em contato com um médico, se for necessário.

O relatório também sugere que o progresso na tecnologia espacial vai fazer com que seja possível para que os humanos iniciem colônias fora da Terra, "primeiro na Lua, em Marte e depois outros lugares mais além na galáxia".

"Há cada vez mais pessoas vivendo em grandes cidades e temos que conseguir gerenciar estas cidades no futuro", afirmou Aderin-Pocock.

"É questão de pensar de forma criativa e apresentar ideias originais. Pode ser que algumas destas ideias aconteçam e que outras não, mas é bom especular e pensar o que poderia acontecer", disse.

"Há dez anos a tecnologia das coisas era inconcebível. E nossas vidas hoje em dia são irreconhecíveis para quem viveu há um século."

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