Chile: milhares fazem protesto pacífico por melhor educação
7 ago2011 - 16h25
(atualizado às 17h58)
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Milhares de pessoas fizeram neste domingo uma passeata pacífica em Santiago reivindicando uma melhor educação, durante uma manifestação convocada por alunos secundários e associações de pais, no marco dos protestos estudantis que se mantêm há mais de dois meses.
A polícia disse que cerca de 2 mil pessoas iniciaram o protesto na Praça Itália, mas de forma paulatina foram reunindo mais participantes, que meia hora depois já somavam 8 mil e, horas depois, chegavam a 20 mil.
A manifestação, que coincidiu com a realização do Dia das Crianças no Chile, congregou famílias completas que, com bandeiras e cartazes, se pronunciavam a favor de uma educação pública de qualidade e gratuita.
A Prefeitura de Santiago autorizou a manifestação, mas por um percurso afastado da Alameda Bernardo O'Higgins, que, da mesma forma que a Praça Itália, foi palco na quinta-feira passada de violentos enfrentamentos entre estudantes e policiais, após o governo interditá-las para protestos - que estavam convocadas para aquele dia.
O trajeto autorizado para este domingo, de 2,5 km, culminou no Parque Almagro, a seis quadras da Alameda, onde os organizadores programaram um evento cultural e artístico.
Na semana passada, Santiago foi palco de "panelaços", uma forma de protesto usada pelos chilenos durante a ditadura militar do país (1973-1990), com o objetivo de evitar que fossem presos devido às manifestações estudantis - e proibidas pelo Governo - que pedem um maior papel do Estado na educação.
Um jovem protesta com uma faixa em Santiago. Há vários meses, estudantes chilenos ocupam as ruas da capital e de cidades do interior para cobrar melhorias na educação; veja mais de 30 fotos que mostram as formas criativas de protesto e a repressão violenta da polícia
Foto: EFE
29 de julho - Acampados há nove dias em uma escola pública chilena, estudantes cobram mais investimentos do governo na educação
Foto: AFP
29 de julho - Pelo menos 30 estudantes montaram um acampamento dentro das salas de aula da escola para cobrar uma educação pública de qualidade no país
Foto: AFP
29 de julho - Jovem pinta uma faixa antes de participar de protesto estudantil na capital Santiago
Foto: AFP
14 de julho - Estudantes realizam uma grande marcha em Santiago; eles cobram o fim do lucro das universidades privadas que recebem contribuição pública
Foto: AFP
14 de julho - As manifestações foram reprimidas pela polícia, que utilizou jatos de água e gás lacrimogênio para conter o avanço dos jovens
Foto: AFP
14 de julho - Os estudantes não aceitaram as propostas de mudança na educação apresentadas pelo governo do presidente Sebastián Piñera
Foto: AFP
14 de julho - Em cada manifestação, dezenas de jovens foram presos pelas forças policiais
Foto: AFP
14 de julho - Estudante carrega caixão representando a morte da educação no país
Foto: AFP
14 de julho - Nos inúmeros confrontos com a polícia, jovens tentavam fugir dos jatos de água lançados das viaturas
Foto: AFP
14 de julho - Milhares de estudantes e professores tomaram as ruas de Santiago para protestar pela falta de investimento na educação pública do Chile
Foto: AFP
14 de julho - 'Hoje me mobilizo para amanhã estudar', dizia cartaz carregado por menino que, apesar da pouca idade, já acompanhava os protestos
Foto: AFP
19 de julho - Os estudantes também foram para as ruas vestidos de super-heróis
Foto: AFP
19 de julho - Os manifestantes lotaram as ruas da região central da cidade e realizaram acrobacias
Foto: AFP
De Chapolin a Super-Homem, os estudantes usaram a criatividade nas fantasias
Foto: AFP
Estudantes se vestem de super-heróis durante protestos
Foto: Reuters
19 de julho - Uma multidão empolgada se uniu em protesto contra o governo pela atual política educacional no Chile
Foto: AFP
14 de julho - Vestido de pirata, jovem diz que 'a educação é o nosso tesouro'
Foto: AFP
7 de julho - Em um dos protestos 'criativos', estudantes transformaram as ruas de Santiago em uma praia
Foto: AFP
7 de julho - Os jovens simularam uma praia para protestar pela antecipação das férias, medida anunciada pelo governo como forma de reduzir os protestos
Foto: AFP
7 de julho - Os jovens simularam uma praia para protestar pela antecipação das férias, medida anunciada pelo governo como forma de reduzir os protestos
Foto: AFP
7 de julho - Os estudantes levaram toalhas, guarda-sol e cadeiras para as ruas da capital
Foto: AFP
7 de julho - O violão fez companhia para os estduantes que aproveitavam as 'férias' na capital
Foto: AFP
7 de julho - Com panos azuis, até o mar esteve presente no protesto estudantil
Foto: AFP
7 de julho - Os jovens passaram protetor solar e durante a tarde de manifestação em Santiago
Foto: AFP
6 de julho - Um 'beijaço' coletivo também foi organizado pelos estudantes
Foto: AFP
6 de julho - Os jovens chamaram o protesto de 'Festa do Beijo'
Foto: AFP
6 de julho - Os jovens não gostaram das medidas anunciadas pelo presidente para melhorar a educação no país e decidiram manter os protestos
Foto: AFP
6 de julho - Os casais acompanharam o beijo coletivo na capital Santiago
Foto: AFP
6 de julho - Centenas de jovens se somaram no protesto com beijos
Foto: AFP
6 de julho - Os jovens usaram a criatividade para pedir mais investimentos nas escolas e universidades
Foto: AFP
30 de junho - Estudantes encenam a 'morte da educação' nas ruas de Santiago
Foto: AFP
30 de junho - Vestidas de preto, jovens representam a 'morte' da educação no Chile
Foto: AFP
30 de junho - Os alunos tiraram suas roupas e, com cartazes, cobraram mais recurso para as escolas públicas
Foto: AFP
A jovem comunista Camila Vallejo é responsável pela organização do movimento estudantil
Foto: AFP
Pela sua beleza e discurso firme, a jovem se tornou a grande líder do movimento que cobra mudanças na educação chilena